sexta-feira, 24 de novembro de 2017

ES - 1º Birding Photo Challenge


O verdadeiro espírito birdwatching (foto Léo Merçon)

Nem tudo são flores na observação de aves, ainda mais quando o evento é competitivo. Só que não. Quando fui convidada pelo Gustavo Magnago para participar do 1º Birding Photo Challenge fiquei com muita vontade de ir, mas fiquei logo imaginando como seria isso na prática.

Eu sou daquelas que “adora” uma competição - bem longe de mim. Embora eu adore me superar, superar meus medos e barreiras e enfrentar desafios, não gosto de competir com outras pessoas.

A vida já é uma eterna competição pela sobrevivência. A gente já nasce competindo pelo carinho dos pais. Durante boa parte da nossa juventude passamos competindo pra vencer. No meu caso, joguei volei durante mais de 15 anos, atividade altamente competitiva e desgastante. As "migas" crescem juntas competindo pelos melhores "boys magias" do pedaço e vice-versa. (rs rs rs) Depois passamos anos e anos no trabalho. Particularmente a competição acirrada no trabalho quase me custou a vida (tive um AVCi por estresse e excesso de trabalho). Infelizmente poucas vezes nos ensinam que compartilhar é melhor do que competir.

domingo, 1 de outubro de 2017

AC - O Império das aves cascudas e a Expedição Choca-do-acre – Parte I

Se você não gosta de "textão", melhor fechar essa página ou deixar pra ver outra hora. Mas se tem curiosidade para saber como foi essa expedição, então, “senta, que lá vem história”. Foram mais de 11 mil fotos pra escolher e tratar, em menos de 15 dias escrevi 20 páginas e fiz alguns vídeos. Dividi em duas partes (parte II aqui) para facilitar. Viaje comigo a partir de agora. E deixe seu comentário no final, vou apreciar muito!!!


O Estado do Acre está localizado no extremo oeste do Brasil, em uma área de transição entre a Cordilheira andina e as terras baixas amazônicas. Das 1.300 espécies de aves existentes na Amazônia, já passam de 700 as registradas no Acre. A tendência é aumentar, pois muitas ainda estão em estudo, aguardando apenas a confirmação pelos ornitólogos competentes pra isso.
 
Acre - O Império das aves cascudas

Porque chamo as aves de “cascudas”? Ave cascuda é o jeito que a grande amiga Vanilce Carvalho, de Manaus, descreve aquele tipo de ave difícil de registrar, seja pela sua raridade, seja pelas dificuldades que o ambiente apresenta ou mesmo pelo comportamento da própria ave.

E o Acre sai na frente disparado no “quesito ave cascuda”. Os ambientes que as encontramos são os mais inóspitos do país. Por essa e outras o Acre “está na moda”, dizem os amigos passarinheiros. Talvez por se tratar de lugar pouco explorado, com novas espécies ainda sendo descobertas, o poder atrativo da região só aumenta.

AC - O Império das aves cascudas e a Expedição Choca-do-acre – Parte II

O Parque Nacional da Serra do Divisor é uma unidade de conservação brasileira de proteção integral da natureza. Criado através do decreto Nº 97.839 em 16/06/89, situa-se no extremo oeste do Acre, na fronteira com o Peru. É o ponto mais Ocidental do país e abrange os municípios de Cruzeiro do Sul, Porto Walter, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo e Rodrigues Alves.

É considerado o local de maior biodiversidade da Amazônia. A floresta tropical aberta é o tipo de vegetação predominante e seguramente a mais preservada da Amazônia brasileira. Várias espécies endêmicas vegetais e animais são encontradas devidas, em parte, à sua proximidade com o ecossistema andino, numa região de transição das terras baixas da Amazônia e as montanhas dos Andes. Possui uma área de 843.000 hectares, sendo o quarto maior parque nacional brasileiro. É administrado pelo ICMBio. Grande parte de seu território ainda é preservado e faço votos que continue assim.

a famosa choca-do-acre (Thamnophilus divisorius), que deu o nome a nossa expedição

A origem do nome vem do relevo (geografia) da região onde se encontra um divisor natural das águas das bacias hidrográficas do rio Ucayali (Peru) e rio Juruá (Brasil). Na região também são encontrados valiosos vestígios fósseis. O rio Juruá nasce no Peru e banha os estados do Acre e Amazonas, no Brasil. Deságua no rio Solimões, em um percurso de aproximadamente 3 000 quilômetros.

Abriga comunidades indígenas e ribeirinhas, por isso é de grande importância para a região, servindo como hidrovia para essas diversas comunidades, já que rodovias são inexistentes na maior parte de seu curso. O rio Moa é um afluente do rio Juruá, possui muitas cachoeiras e corredeiras. A Serra do Divisor é a única cadeia de montanhas acreanas.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

AM - Expedição "Mãe-de-taoca". Os encantos da floresta amazônica.


mãe-de-taoca-de-cauda-barrada (Gymnopithys salvini
É preciso muita disposição, inspiração e dados para montar um bom e agradável relato de viagem para postar no bloguinho. Sou muito exigente e para postar mal feito prefiro não postar. Porém nem sempre a gente consegue conciliar disposição com inspiração.  Antecedendo essa última ida para Manaus, lembro exatamente como eu estava: ansiosa, chateada com alguns fatos pessoais na minha vida e sofrendo com a abstinência de passarinhada. 

Porém, durante e após a viagem é que eu tive a noção do tanto que é importante para mim fazer uma bela e feliz passarinhada. Sim, minha alma necessita dos encantos e sonhos que só as florestas e seus rios podem proporcionar. Além do que, estar entre bons amigos é essencial e faz muito bem para a saúde.

Passarinhar é bom demais, cura todos os males, inclusive dores de amor, dores de cotovelo, da coluna, dos joelhos e até dor de barriga rs rs rs. Ver passarinhos engrandece a alma!  
Passarinhe sem moderação!!! 🐧🐦🐤🐥🦆🦅🦉

quarta-feira, 7 de junho de 2017

SP - Eu quero passarinhar!!!! Usando o método 5W3H


Há tempos atrás recebi uma demanda para falar no Avistar Brasil sobre o Quero Passarinhar, grupo no Facebook que congrega pessoas que gostam de fotografar/observar aves livres na natureza. Este ano, ao me decidir falar, resolvi dar um formato diferente ao tema e falar um pouco de como eu me decido, onde, quando e como passarinhar. Como não consegui gravar a palestra, atendendo a pedidos, vou relatar aqui no blog um pouco de como foi, usando inclusive algumas telas da apresentação e incrementando um pouco mais.

Durante minha vida profissional eu tive treinamento pra implantação de programas da Qualidade Total e um desses métodos eu incorporei na minha vida, inclusive nas minhas viagens. É o método 5W3H, eram 2H apenas, agora são 3 . Ao longo desse texto, você poderá ver como de alguma forma todas as perguntas da metodologia são respondidas.

WHAT? – O QUE (ETAPAS)
WHY? – POR QUE (JUSTIFICATIVA)
WHERE? – ONDE (LOCAL)
WHEN? – QUANDO (TEMPO)
WHO? – QUEM (RESPONSABILIDADE)
HOW? – COMO (MÉTODO)
HOW MANY? QUANTOS (QUANTIDADE)
HOW MUCH? – QUANTO CUSTARÁ (CUSTO)

Ser mulher e eleger o mato como lugar preferido pra estar a maior parte do tempo causa espanto em quem é mais ligado à vida das grandes cidades. Alguns amigos meus me questionam se não sinto medo, receio de ficar doente em lugares remotos, se não é tedioso, se não sinto falta de umas férias numa praia lotada de gente bonita, de ir ao teatro e ao cinema. A resposta é NÃO! Não mesmo. Não que eu não goste de viver na cidade, mas, sem dúvida, prefiro a paz que as passarinhadas me proporcionam, mesmo abrindo mão da minha própria elegância, da conveniência dos shoppings center, dos restaurantes e bares da moda e do conforto do meu próprio lar.


As duas próximas imagens mostram um pouco dos momentos mais felizes e inusitados da minha vida nos últimos tempos. A partir delas vou explicar como faço pra aumentar meus níveis de dopamina* durante uma viagem.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

ARG - UR - O espírito pioneiro é o que nos une sob o feitiço da ... Patagônia!!!!!

Eu gosto de viajar. Sair da minha rotina cotidiana é fundamental para eu não "entrar em parafuso". Além de me manter estável emocionalmente, viajar leva minha alma a um mundo novo. Novas experiências vão se descortinando frente aos meus olhos. É viver um sonho acordada...e sonhar é delicioso, como eu disse a uma amiga outro dia: sonhar é flutuar nas mãos do destino. Ao postar uma foto outro dia, resumi meu pensamento assim: "Sonho ao olhar o horizonte! Penso na aventura e desventura de procurar dentro dos meus sonhos quem eu sou verdadeiramente. Faço uma reflexão filosófica e de autoconhecimento. Em pensamento, tomo resoluções. Sou um ser "desejante". Quero muito colocar em prática tudo que meus pensamentos arquitetam. E assim eu levo a vida, ou será que é ela quem me leva?



Sim, é ela quem me leva ... e a muitos lugares. Porém há lugares especiais. Há um lugar que nos conecta, integra e unifica com a natureza, nos desvincula das nossas percepções sem distorcer o funcionamento da realidade. Esse lugar se chama ... Patagônia.

Assistindo alguns documentários no Canal BBC Earth sobre vida selvagem, deparei-me com três episódios chamados Wild Patagônia, com imagens maravilhosas, cujo texto inicial, dizia assim: "Em algum lugar remoto do planeta há uma selva sul-americana. Nessas paisagens extremas habitam animais estranhos e maravilhosos. Dos picos das Cordilheiras dos Andes, passando pela estepe seca e deserta até litorais banhados por águas que estão entre as mais violentas do mundo. Viver aqui exige coragem e determinação. Há oportunidades incríveis para alguns. Para outros é batalha pela sobrevivência. O espírito pioneiro é o que os une sob o feitiço da ... Patagônia". E esses episódios passaram a povoar meu imaginário desde então...