sábado, 19 de julho de 2025

SP - Ilhabela, sempre bela - Lugares preferidos

Seja bem vindo ao meu bloguinho.

Vou começar por uma das culpadas deste post. Leia até o fim e você vai entender.🤣🤣🤣🤣🤣🤣

- "Admito, sou a culpada!"
choquinha-de-garganta-pintada (Rhopias gularis

Aos poucos espero atualizar todas as minhas últimas expedições, o que não é tão simples e tão rápido quanto parece.

Gosto que meu bloguinho sirva como dicas e incentivo para observadores e fotógrafos de aves, mas mais que isso, que funcione como um diário para mim. E como boa representante do clã virginiano e discípula do Mr Spock 🖖(Star Trek) eu gosto muito de coisas lógicas e com muitos detalhes. 😬🥴😂

Neste post eu vou falar sobre a Ilhabela e sua importância para a observação de aves.

E também contar como foram minhas idas e principalmente como foi minha última visita à Ilha no feriado do mês de junho/2025. Foi um passeio tão marcante na minha vida que faço questão de postar antes das grandes viagens que já estão rascunhadas.

E como dia 20 de julho é dia do amigo, espero reverenciar vários deles aqui.

Fonte: P i n t e r e s t

Durante todos os dias ao redor do feriado do dia 19/06 - Corpus Christi, além de poder sair de casa, fazer fotos espetaculares mesmo ainda me recuperando de uma cirurgia oftálmica, tive momentos muito especiais, inclusive de fortalecimento de vínculos de amizade já existentes.

E lógico, muitos vão reclamar: "poxa, e eu? você nem veio me ver..." Mas como sempre repito, tudo tem o momento certo para acontecer. E é "um toma lá, dá cá", como dizia minha mãe. 🔜🔙

Um pouco de informação sobre a ilha


Ilhabela ou Ilha Bela: qual o correto? O nome correto é Ilhabela, tudo junto.

Em 03/09/2025, o município de Ilhabela completa 220 anos de existência, com uma história repleta de curiosidades. Pesquisei no Google e encontrei informações bem interessantes, realmente surpreendentes. Tais informações ainda continuam sendo estudadas e muita coisa ainda foge do consenso entre os pesquisadores.

Como a ilha surgiu? Ao longo de milhões de anos, o aumento do nível do mar e recuo da área continental devido à erosão criaram o arquipélago que vemos hoje e toda a sua geodiversidade.

Localizada no litoral norte do estado de São Paulo, ela pertence ao Canal de São Sebastião e é um dos únicos municípios–arquipélagos marinhos brasileiros.

O canal separa a Ilha do continente e é um importante ponto turístico e de acesso, onde funciona a travessia de balsas entre as cidades de São Sebastião e Ilhabela.

uma vista do Canal
arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

De acordo com Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (IGc/USP), do ponto de vista geológico, o município é formado por 19 ilhas, ilhotes e lajes, sendo a principal a Ilha de São Sebastião, com quase 350km², o que a torna a maior ilha continental do país.

Isso significa que, ao contrário das ilhas oceânicas, ela já fez parte do continente. A Ilha de São Sebastião - onde fica a área urbana do município de Ilhabela - está localizada defronte dos municípios de São Sebastião e de Caraguatatuba.

A população de Ilhabela, segundo o Censo IBGE 2022, é de 34 934 habitantes. Dados da Secretaria de Saúde de Ilhabela, no entanto, indicam que a população já superou a marca de 40 mil habitantes.

Ilhabela foi palco de muitas lutas e guerrilhas. São registradas passagens de povos de diversas origens (portugueses, holandeses, franceses, ingleses, argentinos, japoneses, além de povos indígenas originários e quilombolas).

Por ser menos guarnecida em termos de armamentos do que Santos e servir como proteção natural em tempestades, a região do Canal de São Sebastião foi um dos principais alvos da cobiça de piratas e corsários. A região era considerada a via marítima mais fácil para a conquista de São Paulo.

Pesquisas arqueológicas realizadas desde o final da década de 1990 mostram que, pelo menos quatro das ilhas do arquipélago de Ilhabela, foram habitadas muito antes da chegada dos europeus ao Brasil em 1502.

Em 1502 ocorreu a primeira expedição exploradora enviada ao Brasil pelos portugueses, comandada pelo navegador português Gonçalo Coelho. Essa expedição rebatizou a ilha de Maembipe (nome indígena) com o nome de São Sebastião (Santo do dia, como era costume na época). Ela era composta por três caravelas, e dela fez parte Américo Vespúcio, conhecido navegante italiano.

Maembipe significa "lugar de troca de mercadorias e resgate de prisioneiros", o que faz todo sentido, pois a escolha de um local neutro para a troca de prisioneiros e mercadorias é um antigo costume tribal vigente até hoje em alguns países da África, Ásia, Oriente Médio e até mesmo na Amazônia.

Mas os pesquisadores divergem: está em estudos esse nome indígena de Ilhabela - Maembipi, que seria, em uma primeira tradução, "localizada no estreito".

Também se diz que era chamada pelos indígenas de Ciribaí (lugar tranquilo). Mas há também uma divergência de entendimento, que afirma que a verdadeira origem da palavra está em um tipo de árvore típica de manguezais existentes na ilha.

Pesquisadores da USP estão colaborando com o Museu do Caiçara, de Ilhabela, na tradução dos termos indígenas até agora usados.

Permanece a dúvida, mas isso é o que menos importa. Controvérsias históricas a parte, Ilhabela continua bela até hoje.

Quando Ilhabela foi fundada?

O português Francisco de Escobar Ortiz foi o primeiro povoador da Ilha de São Sebastião, onde obteve, de Pero Lopes de Sousa, donatário da capitania, cem léguas de terra. Em 1608 chegariam outros sesmeiros que viriam se estabelecer em ambas as margens do Canal de São Sebastião.

(Obs: Sesmeiro era aquele que recebia uma sesmaria para cultivar. Sesmaria era um lote de terras distribuído a um beneficiário, em nome do rei de Portugal, com o objetivo de cultivar terras virgens.

Ilhabela foi palco de atuação de bandidos, piratas, corsários e escravagistas por longos anos. Por isso para proteger as embarcações que de lá saíam, a segurança do canal foi reforçada com fortins, fortes, trincheiras e artilharias.

A Ilha de São Sebastião, hoje conhecida como Ilhabela, fez parte do território de São Sebastião (cidade continental) até 1805. Neste ano, a Ilha conquistou a emancipação político-administrativa, tornando-se um município independente com sede na própria Ilha.

Em 3 de setembro de 1805, foi expedida a portaria que elevou a antiga Capela de Nossa Senhora D'ajuda e Bom Sucesso à condição de Vila, denominada Villa Bella da Princesa, em homenagem à Princesa da Beira, Dona Maria Teresa de Bragança, irmã de D. Pedro I e filha mais velha de D. João VI e D. Carlota Joaquina. Não existe qualquer registro histórico de que a princesa Maria Teresa de Bragança tenha visitado a cidade ou morado na região.

Em 21 de maio de 1934, o governo paulista realizou, em meio à grave crise econômica pela qual atravessava o país, uma reestruturação na divisão territorial do Estado, quando extinguiu 18 pequenos municípios, entre eles o de Villa Bella da Princesa (cujo nome já havia mudado para Vila Bela), que voltou a integrar o território da Vila de São Sebastião. A extinção do município foi revogada em 5 de dezembro de 1934.

Por imposição do governo de Getúlio Vargas que baixou o decreto federal nº 2140, o nome de Vila Bela mudou, a partir de 1 de janeiro de 1939, para Formosa. Inconformados, os moradores iniciaram um movimento popular contra o novo nome até que, em 30 de novembro de 1944, o governo estadual baixou um decreto mudando o nome do município, a partir de 1 de janeiro de 1945, para Ilhabela.

Ou seja, o nome mudou ao longo dos anos, mas manteve a terminação “Bela” durante quase toda sua história, de modo a evidenciar a qualidade cênica de suas paisagens.

O novo ciclo da Ilhabela

As terras locais foram vendidas a preços desvalorizados e, a partir dos anos 1960, o turismo surgiu como alternativa para a retomada econômica da ilha. A infraestrutura local foi melhorada e a ilha passou a ser vendida como "símbolo da aventura, do prazer e da natureza selvagem".

O turismo e a especulação imobiliária configuraram nova ameaça à mata nativa, o que estimulou ambientalistas a cobrarem a criação de Unidades de Conservação, culminando na criação do Parque Estadual de Ilhabela (PEI) nos anos 1970.

Como se chama quem nasce em Ilhabela?

Os naturais de Ilhabela recebem o nome gentílico de “Ilhabelenses”.

Eu prefiro o termo "Caiçara". Aqui vai mais uma curiosidade: quem nasce no litoral é chamado de Caiçara, que deriva do termo tupi "kaa-içara", que significa "cerca de ramos" ou "estacada", usadas para proteger aldeias ou como armadilhas de pesca.

Com o tempo, o termo passou a designar as comunidades tradicionais que habitam o litoral brasileiro, descendentes de indígenas, portugueses e, em alguns casos, de africanos. Essas comunidades são caracterizadas por sua forte ligação com o mar, a pesca artesanal e a agricultura de subsistência, além de um rico patrimônio cultural e modos de vida transmitidos oralmente.

imagens criada pelo ChatGPT por minha solicitação

Fontes de pesquisa:
- https://pt.wikipedia.org/wiki/Ilhabela
-https://www.ilhabela.sp.gov.br/portal/noticias/0/3/15290/descubra-a-historia-de-ilhabela-das-formacoes-rochosas-a-criacao-do-municipio)
- https://www.arquivoilhabela.com.br/
- https://www.ilhabela.com.br/
- Roteiro da Geodiversidade e Geossítios do Norte de Ilhabela, produzido pelo GeoHereditas, sediado no Instituto de Geociências da USP e site da Câmara Municipal de Ilhabela: https://www.camarailhabela.sp.gov.br/

Eu e a bela ilha, ou melhor, Ilhabela


Estudando um pouco a Ilha pelo tio "Gugo" (Google), entendi muitas coisas entre elas algumas particularidades que a gente não aprende na escola. Revendo minhas idas até a Ilha, também consegui compreender o porque da minha opinião ir mudando ao longo dos anos.

Estive a primeira vez na Ilhabela em 1997, quando, de férias, fui com meu amigo Gabriel Tieri da Rosa, de São Sebastião, andar de bicicleta e curtir uma praia.

A única coisa que me recordo foram os borrachudos me devorando e eu dizendo: - "Vamiembora peloamordideoz", Gabriel, isso aqui é um lugar dos infernos! 😂😈🦟🦟🦟😈😂

imagens criadas pelo ChatGPT por minha solicitação

O "borrachudo" e "pium" são nomes populares para os insetos da família Simuliidae, da ordem Diptera.

Eles são pequenos, com cerca de 1 a 5 milímetros de comprimento e se alimentam do sangue de humanos e de outros animais. As fêmeas são as que picam para obter o sangue necessário para a maturação dos ovos.

Esses insetos são comuns em áreas próximas a rios e córregos de água corrente, pois suas larvas se desenvolvem nesse ambiente. As picadas podem causar irritação, coceira e, em alguns casos, reações alérgicas.

Portanto, quando alguém se refere a "borrachudo" ou "pium", está falando do mesmo tipo de inseto, o simulídeo.

O borrachudo está mais pra "dissimulídeo" do que simulídeo, pois você só percebe sua presença quando as coceiras das picadas se manifestam, endoidecendo a gente. 🤣🤣🤣

Mas pudera, os borrachudos amaram a senhorita bronzeada e bonitona que chegou na Ilhabela para passear. Olha o estilo dela (euzinha) há mais de vinte anos. 🙃😁😂

Foto escaneada - Ilhabela 1997
arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Obviamente que nunca mais eu retornei para passear na Ilhabela nos anos seguintes, até que ...

As aves da Ilhabela me enfeitiçaram...


Quando comecei a observar aves em 2011, meu sonho de consumo ornitológico sempre foi registrar  corujas e, numa oportunidade única, meu amigo e hoje grande guia, Demis Bucci (perfil aqui) 📌, me levou realizar um desses sonhos: registrar a coruja-preta (Strix huhula) lá em Ilhabela, isso em outubro de 2014.

coruja-preta (Strix huhula) - 28/10/2014
arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Em junho de 2023 eu voltei à Ilhabela para fotografá-la e hoje esta foto (abaixo) ocupa lugar de destaque num quadro na minha sala. 

coruja-preta (Strix huhula) - 25/06/2023
arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Nos últimos tempos essa espécie de coruja foi protagonista de episódios entristecedores na Ilha entre alguns moradores observadores de aves. Isso me deixou muito chateada. Controvérsias a parte, eu sempre friso: o bem estar da ave em primeiro lugar. Danem-se os egos. 

Sim, a Ilha, a meu ver, por ser um lugar mais confinado, exclusivo, tende a ser um palco maior de conflitos entre as pessoas que lá residem ligadas à observação de aves.

Lembro de um colega e querido amigo de Ilhabela que também integrava o CEO (Centro de Estudos Ornitológicos), lá pelos anos 2011, 2012, quando iniciei no hobby, o Marcelo Dutra (perfil aqui) 📌. Foi um dos precursores da observação de aves na Ilhabela. Ele nos contava muitas histórias de ocorrências na Ilha, nem todas positivas. Ressalte-se que foi ele quem fez quase todos os primeiros registros de aves de Ilhabela.

No Wikiaves📌- nossa mais querida plataforma de registros de fotos e sons de aves - Ilhabela conta hoje com 391 espécies registradas, sendo as primeiras fotos praticamente postadas pelo Marcelo Dutra e também pelos amigos Antônio Amaral (Tuba) (perfil aqui) 📌e Demis Bucci, todas em 2009, logo após a plataforma ser criada em dez 2008.

Abaixo, Marcelo explicando as aves da ilha no estande de Ilhabela durante o Avistar de 2012.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

E as dificuldades não paravam por aí. Teve época que era muito difícil conseguir acesso a determinados lugares, inclusive nos parques públicos da ilha. Nem vou falar sobre a travessia de balsa, onde eu já cheguei ficar várias horas na fila para conseguir chegar com meu carro do outro lado.

Isso foi o que sempre me afastou de lá e talvez até pouco tempo atrás não estava listada como um dos meus lugares preferidos.

Mas como eu já disse no início, tudo na vida tem o momento certo para acontecer. Após conhecer a guia/monitora Vilma de Oliveira (perfil aqui) 📌 (uma das poucas mulheres a guiar no âmbito da observação de aves no Brasil) e depois de participar do meu primeiro Ilhabela Bird Week, em 2019, minha opinião começou a mudar.

Não só minha opinião, mas a própria história da observação de aves na Ilhabela. E para melhor. Obrigada Aurélio Rufo (perfil aqui) 📌, Marcelo Dutra e Vilminha. Você são "os caras" ou melhor, as caras que a Ilha precisava! 

Abaixo foto de 2017 durante o Avistar Brasil, Vilma no quadro criado por mim, onde homenageava as Birding Ladies. Da esquerda para a direita: Sylvia Paraty, Tietta Pivatto, Eu, Martha Argel, Zelinha Brito, gestora do Atol das Rocas, Vilminha e Bianca Reinert (in memorian).

Arquivo Pessoal Silvia Faustino Linhares

Também foi com o tempo que aprendi a me ver livre dos endiabrados borrachudos, entre outras coisas. Confesso que o CITROilha, produto artesanal produzido em Ilhabela, é perfeito para espantar os sujeitinhos. E é muito cheiroso, além de tudo. (OBS: Não ganho "nadica" pra fazer essa propaganda 🤣)


Ilhabela Bird Week


O evento que acabei de citar começou em 2019. Este ano será sua sétima edição. É coordenado pela prefeitura de Ilhabela, por meio do funcionário Aurélio Rufo em parceria com a equipe do Avistar Brasil. Conta com palestras, oficinas, passarinhadas temáticas, corujadas e as já tradicionais saídas embarcadas. É o maior encontro de observação de aves do litoral paulista e é totalmente gratuito.

Sobre a minha participação no Festival de Aves de Ilhabela, hoje Ilhabela Bird Week, vou contar logo mais, na sequência da descrição das minhas idas à Ilha.

Os Festivais de Aves de Ilhabela, desde 2019

Agora em julho, bem no exato momento que estou fazendo este post, soube que Ilhabela está no Reino Unido, representando o Estado de São Paulo (no caso nosso amado País) na maior feira mundial de observação de aves, a Global BirdFair.

Pela primeira vez, a Embratur está participando da feira com estande próprio e escolheu apenas alguns representantes entre estados, empresas e destinos turísticos e Ilhabela foi um deles. Mas fazer este post homenageando a Ilha começou muito antes de eu saber desse detalhe.

Abaixo Aurélio Rufo em dois momentos, ao lado de amigos que também estão representando o Brasil e ele fazendo sua explanação sobre as aves da Ilha. Obrigada, Aurélio, por compartilhar a notícia e as fotos.

Arquivo Pessoal Aurélio Rufo

Por muitos anos Ilhabela foi considerada por mim apenas uma cidade de veraneio, onde os ricos e famosos de São Paulo iam passar as férias e lotar suas praias, além de servirem de alimento para os famigerados borrachudos. 🦟😡😣🤮🦟😂😂😂

Mas a realização do citado evento pela prefeitura, como eu disse, trouxe mudanças significativas para mim e para o nosso meio. As pessoas passaram a interagir mais e o hobby foi se popularizando junto com outro passeio que também ganhou muitos adeptos: as saídas para avistamento de baleias.

Além disso, outra atividade se tornou importante para nós, birders: as saídas para alto mar, em pleno inverno para registrar aves marinhas e costeiras partindo de São Sebastião e de Ilhabela com o Capitão Gustavo Ximango. Conto tudo aqui neste link📌

Para quem não conhece o significado da palavra Ximango, saiba que é um falcão, cujo nome na lista CBRO 2021 é Chimango (Milvago chimango) com "Ch" mesmo, coisas da língua portuguesa. 😂😂😂 (Daptrius chimango no e-Bird)

Mas o porque Gustavo escolheu esse nome para seu barco tem mais a ver com histórias familiares do que com o citado falcãozinho. Seu avô, grande jogador de futebol, sempre foi conhecido pelo apelido de Ximango, daí, o Gustavo ter adotado esse apelido e o nome para seu barco, tanto ele como seu irmão, Ximanguinho.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

As Tiribelas


Em 2023, um grupo de mulheres observadoras de aves foi criado na Ilha pela grande e atuante bióloga Arlaine Francisco (perfil aqui) 📌. 

Chamado de COAI Tiribelas (@coai.tiribelas) foi instituído, entre outras coisas, para estimular encontros de observação de aves, natureza e questões feministas. 🪻🦉🪷🦜

São quase 70 mulheres, a maioria de Ilhabela, outras das cidades vizinhas, lógico, não podiam faltar "personas" que moram um pouco mais longe, como eu, que não é tão atuante quanto gostaria, mas que não deixa de apoiá-las.

Este ano, em maio de 2025, pude participar de um delicioso encontro das Tiribelas no último Avistar Brasil, no Jardim Botânico de São Paulo. Adoro as camisetas com nossa linda logomarca e não deixo nunca de me exibir com elas.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

No quadro abaixo, três grandes Tiribelas, Simone Santos, Bruna e Vilminha posando nas asas da pintura de um papagaio-moleiro (Amazona farinosa), ave que para mim representa a Ilha muito bem.

Voem alto, meninas, voem!

Entre as Tiribelas encontramos muitas delas dedicadas à conservação da natureza, mas uma delas se destaca. Ressalto a bióloga Silvana Davino. Ela criou a ONG Área de Soltura Monitorada Cambaquara em Ilhabela (SP) - ASM Cambaquara (@asmcambaquara) a partir do resgate de Pepa, uma periquita (Brotogeris tirica). Aqui tem o link para o bloguinho dela contando como funciona - ASM Cambaquara 📌


O trabalho é complementado com atividades de educação ambiental junto à comunidade, com o objetivo sensibilizar e informar sobre os impactos gerados pelo homem no ambiente e o sofrimento causado aos animais silvestres, além de alertar sobre o tráfico e a prática inadequada de criá-los como animais de estimação. Estas ações são efetuadas em parceria com o Parque Estadual de Ilhabela (PEI) e o Instituto Ilhabela Sustentável (IIS).

Continuando minha saga com a Ilhabela


15/09/2014 - Saída pelágica a partir de Ilhabela


Meu retorno à Ilhabela se deu em 2014. Ou seja, 17 anos depois da primeira vez, que foi em 1997. Agora já como fotógrafa de aves e não mais como turista de veraneio.

Foi em 2014 que fui convidada para fazer minha primeira saída pelágica, com partida direto e a partir de Ilhabela. OBS: Sobre algumas das minhas saídas pelágicas você pode saber mais clicando aqui 📌

Ainda bem que guardo minhas listas de aves no e-Bird e sempre faço observações nelas. Esse texto veio de lá: 

"Navegando a bordo do barco Paraíso com os amigos Viviane de Luccia, Mônica Ruiz, Leila Esteves, Marco Guedes e Guto Carvalho, sob o comando do grande fotógrafo e guia Octávio Campos Salles. E no comando da cabine o capitão Matias Gomes (perfil aqui) 📌.

Na época eu desconhecia os efeitos do balanço do mar e a existência de remédios à base de dimenidrinato ou de meclizina. A única coisa que me lembro foi vomitar até não poder mais. 🤮🤢🤮🤢🤮🤢

No final, apesar de tudo, foi uma pelágica bastante produtiva. Vimos bastante aves, quase todas eram novidades para mim (lifers) naquela época. A cerejinha do bolo foi um bobo-pequeno , hoje chamado de pardela-sombria (Puffinus puffinus).

Vimos também muitos albatrozes-de-nariz-amarelo (Thalassarche chlororhynchos), atobás-pardo (Sula leucogaster) e os piratões do mar: os tesourões, hoje chamados de fragatas (Fregata magnificens), que apareciam para roubar os peixes das demais aves.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Lista e-Bird com fotos das aves: https://ebird.org/checklist/S108222750 📌

28/10/2014 - Minha primeira coruja-preta


Esta foi a vez que comentei no início. Quando eu fiz a minha primeira coruja-preta (Strix huhula). Foi emoção demais. Era uma necessidade "ornitológica obsessiva-compulsiva" como eu disse há 10 anos na postagem neste bloguinho (link aqui) 📌

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Demis, eu, Aluízio e Rose

Lista e-Bird com fotos das aves: https://ebird.org/checklist/S257948039 📌

09/02/2019 - Passeio a bordo do Ballerina


Tempos depois, voltei à Ilhabela a convite do amigo Julio Cardoso (perfil aqui) 📌, onde navegamos a bordo de seu barco, o Ballerina. Nesse dia o grupo era formado por mim, Fabio Olmos, Rita Souza, Arlaine Francisco, Odair Villela, Marco Silva e Norton Santos.

O destaque ficou para o trinta-réis-escuro (Anous stolidus) e um falcão-peregrino (Falco peregrinus), ambos de passagem pela Ilha. 

No Brasil, esse trinta-reis-escuro vive no arquipélago de Abrolhos, Fernando de Noronha, Atol das Rocas, Trindade e Penedos de São Pedro e São Paulo. Por isso foi uma surpresa quando o Julio nos falou sobre o aparecimento dele em Ilhabela.

Meu registro foi o primeiro para Ilhabela no Wikiaves. Veja aqui. 📌

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

E não faltou brinde à beira-mar em homenagem a esse dia. Abaixo Fábio, Rita, eu, Odair e Norton.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Foi legal sentar ali, tomar uma geladinha com os amigos e me imaginar, talvez um dia, navegando naquele "naviozinho" lá no fundo. Uma verdadeira cidade flutuante, né? 👇

Quem sabe um dia vou fazer como a americana Lee Wachtstetter, conhecida como "Mama Lee", que passou a viver a bordo de cruzeiros, desfrutando de viagens para diversos lugares do mundo. 😂⛵🛳️🛥️⚓

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Lista e-Bird com fotos das aves: https://ebird.org/checklist/S52523907 📌
Lista e-Bird com fotos das aves: https://ebird.org/checklist/S52523791 📌

18 a 25/10/2019 - Meu primeiro Festival de Aves de Ilhabela


Neste mesmo ano tive uma nova experiência na Ilha. Fui convidada para participar do primeiro Festival de Aves de Ilhabela, hoje Ilhabela Bird Week. Durante minha apresentação contei um pouco das minhas aventuras e falei da necessidade de protegermos o nosso meio ambiente por meio da observação de aves.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Na oportunidade pude reencontrar meu amigo de São Sebastião, que cito logo no início, o Gabriel Tierri da Rosa, que junto com o também amigo Luiz Mascaranha, foram prestigiar minha palestra não sem antes degustarmos um delicioso choppinho para matar as saudades.

Luiz, eu e Gabriel
arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Como parte do evento, fizemos uma saída de barco, que eu apelidei de "Albatroz à vista", com o Capitão Ximango, onde futuramente eu faria outras saídas. Olha o post aqui. 📌 

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Lista e-Bird com fotos das aves: https://ebird.org/tripreport/391654 📌

Ainda dentro do evento, mais um convite do querido amigo Guto Carvalho e Aurélio Rufo. Desta vez, para mais um delicioso passeio até o Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes. Foi um dia para lá de especial.

Juro, nunca vi tantas fragatas (Fregata magnificens) voando juntas! Havia muito mais do que cinco mil. (mas isso é chute, pois não perdi tempo contando, só sei que o dedinho nervoso clicou mais de mil vezes, ah! isso sim, com certeza!) 😆✂️😂

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Foi a realização do sonho poder ver uma fragata com o papo "infladão" e bem vermelho.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

E tinha cada paisagem de tirar o fôlego, como sempre. Foi um passeio realmente inesquecível.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

E aqui a turminha de bordo do Marae, chegando com muita alegria, desse mágico passeio.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Após as grandes apresentações no âmbito do Festival de Aves de Ilhabela, terminamos a noite com um happy hour com os queridos amigos Guto Carvalho, Lawrence Wahba, Marco Antônio Costa, Gabriel Caram e Daniel Mello 

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Lista e-Bird com fotos das aves: https://ebird.org/checklist/S61008657 📌

Uma observação, eis que logo no começo do ano seguinte - 2020 - veio a pandemia de Covid19 😨😷😷😷😖, mantendo-nos presos em casa. Perdurou até 2021. Até virem as vacinas, foi um tal de fases que não acabava mais: tipo pode sair, não pode sair. Quase enlouqueci dentro de casa. Muitos textos meus sobre isso foram postados no meu bloguinho de poemas 📌

12 a 18/09/2022 - Mais uma vez participando do Ilhabela Bird Week


Já vacinada, mais uma vez fui participar do Festival de Aves de Ilhabela em 2022, já denominado Ilhabela Bird Week

Fizemos um passeio muito gostoso pelo canal. Foi uma embarcada com o Capitão Gustavo Ximango sob orientação do querido amigo Patrick Pina (perfil aqui) 📌.

Uma festança de aves marinhas e costeiras. Muitos gaivotões (Larus dominicanus), pequeninos trinta-réis-de-bando (Thalasseus acuflavidus) e trinta-réis-de-bico-vermelho (Sterna hirundinacea), sem faltar, lógico, os incansáveis piratas do mar, as fragatas (Fregata magnificens) e os super-mergulhadores e pescadores atobás-pardo (Sula leucogaster).

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Patrick, eu e Gustavo
arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Não faltaram as tradicionais e gostosas reuniões com diversos amigos da Ilha e do Continente - encontros que são sempre muito especiais.

Abaixo eu, Marco e Patsy Guedes, Professor Dalci Oliveira, Fabiano Souto, Miguel e Larissa Nema, a quem chamo de "harpiazinha". Veja o porque eu apelidei assim lendo o post aqui. 📌

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Abaixo uma foto feita durante minha palestra. "Ao infinito e além" onde contei um pouco da minha história, trajetória, aventuras e desafios na observação de aves.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

As apresentações neste ano foram transmitidas ao vivo, o que triplicou a minha ansiedade. Só lembrando que Ansiedade é meu nome do meio 🤬😖😵‍💫😂. 

Para assistir e rir um pouco. Porque a vida sem risos não é nada. 🙃😊😉😜😁😂 (foi muito ruim não ter controle remoto de mudança de slides)
 

Mais uma foto super legal feita durante o evento. Eu junto com o Prof. Dalci Oliveira, a querida Suzi Camargo e os novos amigos Anna Luíza e Sergio Costa.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Este ano o festival teve a participação do Canal Terra da Gente. Abaixo eu junto com as amigas Lizzy Martins Arruda e Giulia Bucheroni, ambas integrantes desse importante canal de divulgação das nossas aves.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Abaixo Patrick recebendo e se deliciando com a encomenda do seu livro enviada pelos autores e queridos amigos Claudia BrasileiroRodrigo Agostinho e Fabíola Campos, entregue por mim na ocasião.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Lista e-Bird com fotos das aves: https://ebird.org/checklist/S119179337 📌

E não para por aí. Calma, respira fundo e pega um café. "Tá cabando" 🥵😜😊🙃😁😂

23 a 26/06/2023 - Passarinhada e saída pelágica na Ilha


Você deve estar pensando que em Ilhabela só tem aves marinhas e costeiras, né? Nãooooooo. Tem muitas outras espécies de aves por lá. E das "boas".

Um amigo do Sul, Leonildo Piovesan (perfil aqui) 📌, pegou carona comigo para poder participar de uma saída pelágica organizada pelo amigo Fabio Barata, Patrick Pina em parceria com o capitão Gustavo Ximango.

Na ocasião ficamos hospedados na GuestHouse da Vilma Oliveira. Mal chegando lá, eu e meu amigo  já fomos registrando aves na frente do portão da casa dela.

Psitacídeo com florzinha ou se alimentando é brincadeira, eu adoro! Fico igual criança ganhando presente de aniversário ou de natal. 

Olha só essa encantadora maitaca-verde (Pionus maximiliani) e esse guloso papagaio-moleiro (Amazona farinosa), ambos na frente da casa da Vilminha.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Melhor que isso só o presente que a Vilminha nos deu: uma Cerveja Ilhabela para comemorar os lifers do amigo Leonildo.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

A pelágica foi tranquila, embora a tão sonhada pardela-de-óculos não tenha dado as caras como eu queria, rolou muitas aves legais, mas o mais gostoso foi poder reunir os amigos para confraternizar durante os momentos que antecederam o embarque. Espia só.

Começou com um encontro de amigos num local chamado Fuzuê, onde eu, Leonildo Piovesan, Gustavo Dallaqua, Vilma Oliveira, Arlaine Francisco, Tuba (Antonio Amaral), Luciano Bernardes e Julio Cardoso fizemos nosso primeiro "fuzuê" antes de embarcar.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Mais uma vez fomos até a Plataforma do Mexilhão, passeio sempre sensacional organizado pelo Patrick e Barata. Fomos numa turma muito legal: eu, Elen Dias, Arlaine Francisco, Fábio Schunk, Vitor Laubé, George Strozberg, Gustavo Dallaqua, Marco Guedes, Norton Santos, Leonildo Piovesan, Paulo Mascaretti, Aurelio Rufo e Julio Guedes, Capitão Gustavo e equipe.

No retorno, ainda em alto mar, fizemos uma surpresa para o Aurélio Rufo, comemorando o seu aniversário, com direito a balãozinho, bolo e chapeuzinho vermelho (cuidado com o Lobo Mau, heim galera!) 🐺⛑️😜😁😂

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

No retorno, eu e Leonildo voltamos a nos hospedar na querida Vilma Oliveira. Por fim pude conhecer o guia caiçara Fernando Moraes Rebouças (perfil aqui) 📌e passarinhar sob seu comando.

Fernando faz um trabalho primoroso na Ilha. Ele localiza as aves, leva suas guloseimas preferidas, conversa com elas como se fossem suas filhas e até as "batiza" com nomes escolhido por ele ou sua esposa Denise Carmen.

Daí a Dedé (saracura-lisa - Amaurolimnas concolor) e o Fred (chupa-dente - Conopophaga lineata) terem se tornado super famosos, não só no Brasil, mas até fora dele, motivando as pessoas a virem conhecer a Ilha.

A saracura-lisa foi um dos ralídeos mais difíceis de serem registrados na minha vida ornito-fotográfica. Depois de várias tentativas frustradas, graças aos esforços do incansável guia e amigo Cal Martins (perfil aqui) 📌, em 2018, no interior de São Paulo, eu fiz esse lifer tão sonhado. Mas foi apenas um registro e não uma foto de quadro.

Como gosto de fazer foto bonita, a oportunidade era a filhota do Fernando. E num é que deu certo! Detalhe: sem sofrimento como a primeira!

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Abaixo algumas das fotos feitas por mim na Ilhabela com o Fernando na época. Na sequência o Fred, chupa-dente (Conopophaga lineata), a Dedé, saracura-lisa (Amaurolimnas concolor), um limpa-folha-miúdo (Anabacerthia amaurotis) e um abre-asa-de-cabeça-cinza (Mionectes rufiventris).

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Eu, Leonildo e Fernando
arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

E como eu disse lá no início, também rolou uma corujada. E não uma, mas duas corujas-pretas (Strix huhula) fizeram a nossa alegria.

Foi um dia para lá de especial, onde Fernando Moraes em parceria com Sidiney Barbosa e na companhia dos amigos Leonildo Piovesan, Tuba (Antônio Amaral), Thiane Amaral e Luciano Bernardes, pude terminar de realizar um sonho que começou ali mesmo na Ilhabela em outubro de 2014, quando registrei pela primeira vez essa belezura.

Fiz fotos dos sonhos. Só ressaltando que o ponto dessa preciosa foi descoberto pelo amigo Tuba (Antônio Amaral).

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Espia como eu e meu amigo Leonildo Piovesan fotografamos a bela aí de cima.

arquivo pessoal Luciano Bernardes

Também me lembro que, eu ainda sob efeito letárgico e ainda muito emocionada pela "pretinha", voltando para o carro, uma pedrona resolveu pular na frente do meu pé, fazendo com que eu literalmente voasse até o chão. 🤬😈😂🪽

Eu tentei proteger a câmera nova mas esqueci de mim. O duro é que uns 3 ou 4 dias depois eu ia voar até o Maranhão para tentar um dos meus maiores desafios ornitológicos: o famoso jacu-estalo.

Foi um susto só. Quase ganhei de presente uma fratura na costela. Meu peito ficou todo roxo e dolorido.  😈😖😵😵‍💫😈

Já recuperada do susto, pela manhã seguimos até o sítio do novo amigo Nelson Sant'anna Filho, chamado Ciribai, (sim, um lugar bem tranquilo mesmo). Passamos uma manhã deliciosa. Vimos muitos bichinhos bacanas e também tomamos um café da manhã super gostoso.

Nelson, Fernando, eu e Leonildo
arquivo pessoal Nelson Sant'anna

Deu para registrar aves super legais, entre elas destaco a tovaca-campainha (Chamaeza campanisona), pariri (Geotrygon montana), saracura-três-potes (Aramides cajaneus) e um pequenino e sem rabinho tiê-sangue (Ramphocelus bresilius) que roubou minha atenção.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Depois do almoço, Fernando nos levou ver aves por vários lugares na cidade. A base era a lista de lifers do Leonildo, que se acabou de tanta ave nova. Meu intuito era melhorar fotos das espécies que eu já tinha. 

E foi assim com o belo papagaio-moleiro (Amazona farinosa). Uma das fotos ficou tão linda que foi escolhida como capa da espécie na plataforma e-Bird.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Além dele, eu destaco o chorozinho-de-asa-vermelha (Herpsilochmus rufimarginatus), o pica-pau-verde-carijó (Dryobates spilogaster) e um fofo gambá-de-orelha-preta (Didelphis aurita).

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Trip Report e-Bird com fotos das aves feitas nesses dias https://ebird.org/tripreport/391659 📌

18 a 24/09/2023 - Mais uma participação no Ilhabela Bird Week


Mais um encontro com diversos amigos e a ampliação de amizades presenciais que muitas vezes eram apenas virtuais. E ainda pude participar novamente da deliciosa saída até o Arquipélago de Alcatrazes e desta vez, caprichei mais ainda, só fotos de quadro.

Uma delas foi muito especial, tem até título poético: "Fragatas ao luar"! 🩶❤️🤍🖤

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Postei mais um primeiro registro no Wikiaves para Ilhabela, o qual me deixou muito orgulhosa. Uma ave costeira que tem um nome engraçado: piru-piru (Haematopus palliatus). 

Você pode apreciá-lo na sequência do quadro abaixo junto com um enternecedor filhotinho de atobá-pardo (Sula leucogaster), uma estufada fragata (Fregata magnificens) e um imponente gaivotão (Larus dominicanus).

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Foram momentos muito prazerosos. O Ilhabela Bird Week não é só um evento sobre aves. É muito mais do que isso. É  um encontro de amigos, de muita troca, muito interação e muito aprendizado.

Na foto abaixo uma foto com as "migas" Simone Santos, Vilma Oliveira e Daniela Maia. Bando de belas, ops, de Tiribelas! 💚💚💚

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

E abaixo uma foto com os "migos", dois fotógrafos de peso, Leonardo CasadeiAisse Gartner.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

a turma da saída pelágica
arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Participei ainda de uma roda de conversa sobre fotografia de aves junto com grandes mestres e amigos Kacau Oliveira, Márcio Conrado (BirdcheckBrasil) e Aisse Gartner.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Abaixo eu contando histórias de novo - e, olha, é história que não acaba mais. 😜😊🙃😁😂

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

O querido amigo Márcio Conrado (BirdcheckBrasil) produziu um documentário excelente sobre a grande festa que foi essa edição do Ilhabela Bird Week 2023. Assista a seguir.
 

Fizemos uma saída de turma para "passarinhar" nas matas do Bananal, um local muito tranquilo e gostoso de caminhar. Fomos conduzidos pela Vilminha, que conhece a Ilha como a palma da mão.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

arquivo pessoal Vilma Oliveira

E não podia faltar um happy hour para comemorar o sucesso do evento. Abaixo, Suzi CamargoKacau Oliveira, Dani Maia, Maria RöselPatrick Pina, Guto Carvalho, Aisse Gartner, Marília Fanucchi e eu. 

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Trip Report e-Bird com foto das aves https://ebird.org/tripreport/393655 📌

09 a 15/09/2024 - Mais uma participação no Ilhabela Bird Week


Este ano minha participação foi menos ativa. Eu estava um pouco "dodói" quando fui pro Ilhabela Bird Week 2024. Fiz minha palestra, confraternizei, mas não saí passarinhar. O inchaço e as dores no corpo me fizeram ficar descansando. Óbvio que mesmo assim, consegui prestigiar e prosear um pouco com os amigos.

Não! Não é "veieira" só não. 😜🙃😁😂. A fumaça que eu respirei dias antes no Norte do Brasil, devido a incêndios criminosos, antes de ir pro Festival, me deixaram acamada, com necessidade até de tomar injeção, coisa que, quem me conhece sabe que morro de medo. 💉😬🥵🤒💉

As postagens sobre o que houve estão neste post sobre minha ida pra Rondônia, Amazonas e Acre. (clique aqui)📌

Mas independente da fadiga, das constantes esticadas dos pés pelas paredes para desinchá-los, era só tomar um cafezinho que o ânimo voltava.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Meus pés antes e depois (no Acre em set/2024 e hoje em casa)

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Eu estar reunida com a "tchurma", revendo muitos dos maravilhosos amigos, alguns que moram perto e outros bem distantes de São Paulo "não tem cartão que pague". Melhor que isso, "só dois isso".

Essas fotinhas foram do dia 13, onde na primeira, eu, Bia Carvalho, Ana Ju e Dani Maia nos preparávamos para a apresentação da Cecília Licarião, nossa amiga cearense. Na foto abaixo, Céci com parte da turma que assistiu sua apresentação.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Uma das boas surpresas, foi ganhar da Céci entre muitos risos e brincadeiras, um guia das Aves de Noronha. Cecília é alegria pura. Abaixo o momento do presente junto com a Larissa e Gabi

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

E além delas, tive momentos super incríveis nesse dia 14. E até visita de uma passarinheira de Ubatuba, hoje grande amiga e muito querida, Vilma Pompilho

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

E isso tudo me ajudou a relaxar para fazer minha apresentação, coisa que até hoje eu faço com prazer, mas que ainda não aprendi o controlar a tremedeira que me dá nas pernas antes de começar. 

Depois vai que vai. O duro é parar de falar com as plaquinhas de 5 minutos da amiga Marília Fanucchi. Ainda bem que no Ilhabela Bird Week não tem isso. ⏳5️⃣4️⃣3️⃣2️⃣1️⃣0️⃣❌🤬🤣

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares


Durante o Festival recebi a visita do casal de amigos Thiane Amaral (perfil aqui)📌- esposa do Tuba (Antônio Amaral) (perfil aqui) 📌. Tuba teve e tem uma grande importância no manejo da minha nova câmera mirrorless

Ele é expert no assunto e me deu dicas de configuração que mudou meu relacionamento com a R7. Eu já tivera tantos dissabores que tinha vontade de tacá-la no chão e fazer picadinho. Suas dicas foram muito preciosas e são até hoje.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Tuba acabou não conseguindo assistir minha apresentação pois foi guiar uma amiga nossa no dia, mas a Thiane, sua esposa trouxe a sogra, mãe do Tuba, Dra Henriette Amaral, que infelizmente faz pouco tempo que nos deixou. Pouco depois de eu contar minhas "histórias" no palco fizemos essa "selfie" que hoje guardo com muito carinho.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Como eu disse, o Festival é só alegria. Nesses dia, eu pude pintar o pintor. O Gabriel Lucius é um super querido, além de um grande e talentoso artista. Sua arte ainda não passou dos limites da nossa pátria, mas duvido que isso não aconteça em breve. 

A história de vida dele é linda, o que só aumenta a minha admiração por ele. 

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

O duro foi isso: pairou uma dúvida sobre mim, os amigos chegavam e pediam selfie com nós dois. Ainda não sei se era por minha causa ou por causa dele. Não importa se a gente estava só invadindo a cena, o mais gostoso era a farra. Veja só: Anninha, Ney Matsumura e Melissa Alves abaixo, só festa e muita alegria.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares e Melissa Alves

Uma grande confraternização uniu a turma quase toda. Tivemos que pedir fotos dos dois lados da mesa. Vem, vai, no meu pique, sem chilique. Fazendo pose, 1,2,3, e clique, mais um, só mais um. 😆😅🤣😂

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

E no último dia do evento fui agraciada com a presença de amigos de Caraguatatuba e de Ubatuba. Na foto eu e Guto Carvalho abraçando o casal Nema (Miguel e Larissa), um dos mais queridos e dedicados gestores de Parque Estadual que conheço. 

E junto comigo e Melissa Alves, o grande Carlos Rizzo, a pessoa que colocou na minha frente, pela primeira vez, muitas aves em comedouros e bebedouros, que coloriram meus olhos há 15 anos e que me transformaram na fotógrafa de aves que sou hoje.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

19 a 22/05/2025 - O feriado de junho de 2025


Sabe o feriado que mencionei láááááá no comecinho? Pois, é, finalmente cheguei nele 🦆🦅🐦🐤🦋🐳🐬🦈🐋🪸🦢🪽🐦‍🔥🪶

Eu disse no começo que a culpa foi de uma choquinha, mas no fundo minha última ida para Ilhabela foi "culpa" dele, Patrick Pina, meu irmãozinho de coração. 

Além de grande amigo, é considerado como parte da família pra mim. Já fizemos muitas coisas juntos, inclusive uma expedição pelo Litoral Norte. Tem um post no bloguinho sobre essa tour, para isso clique aqui para ler. 📌

Ele é um grande biólogo e guia. Entende muito de aves (principalmente trinta-réis e psitacídeos), além disso sabe tudo de golfinhos, arraias, tubarões e baleias. Hoje além de consultorias sobre meio-ambiente, ele guia pela Maremar Turismo.  (@maremarilhabela

Patrick tem um vasto currículo, é muito dedicado e busca sempre proteger o meio ambiente ao mesmo tempo que mantém o equilíbrio entre o turismo e os visitantes. Suas falas são de tirar o chapéu. Ele e seu ajudante Oliver Pina, arrasam!

Faz um bom tempo que ele vem fazendo passeios para avistamento de animais marinhos, com ênfase em baleias. Várias vezes tocamos nesse assunto. Sempre sonhei em ver umas baleias saltando pra valer. Ganhei até um voucher de desconto quando assisti uma live dele e da Maremar Turismo.

Comecei o ano de 2025 com a necessidade de operar meus olhos de astigmatismo e catarata, doenças que podem virar monstrinhos na vida de um fotógrafo, principalmente de aves. Nesse meio tempo, por problemas alheios à minha vontade, essa cirurgia foi sendo adiada. 👀📸

E no meio disso tudo, eu acabei convidada e planejando duas grandes viagens para o mês de maio, intercalando com o Avistar Brasil (ressalte-se que este ano foi um dos melhores que já participei, embora não tenha palestrado ou assistido tantas palestras como planejei). Em breve conto tudo aqui no bloguinho (assim espero). 😁😁😁

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Minhas saídas para ver aves são sempre muito bem planejadas. Mas como sempre digo, tudo na vida está sujeito a alterações. Meus planos de viagens sempre foram bem detalhados, porém sempre flexíveis. E quando não dá tempo de planejar? Os virginianos como eu viram monstrinhos. 😁🤣😂🙃😝♍👾👿

O que tem a ver isso com a minha ida à Ilhabela nesse ultimo feriado?

Tudo! Porque foi um passeio totalmente sem planejar. Eu virei monstrinho? Nãooooo! Foi uma das coisas mais gostosas na minha vida e aconteceu num momento que eu mais precisava me abstrair e desviar as ideias um pouco, uma vez que tudo que tinha a ver com a cirurgia estava me deixando em cólicas e sem dormir direito.

Ficar presa em casa embebedando um dos olhos (o já operado) com um tal de "pinga-pinga" que não acabava mais, ninguém merece.

E o pior foi a abstinência das telas e redes sociais por um tempo, vício que faz um mal danado e só dá lucros aos bilionários das big techs. Nem vou falar dos passarinhos. Aí é sacanagem.

Mas... aí vem o mas... entre a cirurgia de um olho e o outro fui autorizada a sair de casa e até dirigir o carro um pouquinho, sem abuso, desde que com os olhos protegidos. Tive várias ideias para passear, ver passarinhos e me abstrair um pouco aqui por perto.

Pensei em locais já velhos conhecidos e cheguei até perguntar para a médica se fazia mal um passeio no mar para ver baleias. Ela disse que podia, mas sem desproteger os olhos, isso significa: sem tirar o óculos super protetor.

Eu e o "oclão"
arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Batendo papo com o Patrick por aplicativo, contando como eu estava da cirurgia, mal falei das minhas intenções, ele mais que depressa, fez todos os "planos" por mim.

Foi tipo isso: "Não, eu não vou deixar você dirigir de jeito nenhum, maninha, estou pertinho de São Paulo, em reunião de trabalho. Assim que sair eu te pego em casa e você desce comigo, dorme na minha casa e fazemos as baleias no dia seguinte. Arruma tuas coisas que já já estou indo te pegar." Era dia 18/06.

Ainda sem raciocinar direito lembrei da maravilhosa foto da choquinha-de-garganta-pintada (Rhopias gularis) do Tuba (Antônio Amaral), que ele usou como ornitobullying num grupo onde interagimos para ampliar os conhecimentos de fotografia. Olha ela aí abaixo.

choquinha-de-garganta-pintada (Rhopias gularis)
Arquivo pessoal Tuba (Antônio Amaral)

Pensei que seria a oportunidade de, no período da tarde, ir fazer a bonitinha, depois eu voltaria de ônibus para São Paulo. 

Eu e Patrick falamos com o Tuba e ele topou de cara. E ainda disse que seria uma honra nos receber em sua casa. Ficou combinado que eu e Patrick iríamos ficar lá. Quanto tempo? Não sei! 

Pá de ca, pá de lá, quase nada saiu como "planejado". Surtei? Não. Eu simplesmente tive um dos melhores feriados dos últimos tempos na minha vida. Muito aprendizado e experiências inéditas na minha vida.

Cansou de ler? Calma, agora que vem o bem-bom da história.

18/06/2025 - quarta-feira

Na quarta-feira (dia 18), após troca de muitos áudios, chega Patrick aqui em casa, no fim da tarde, quase no início da noite. Lanchamos e nos preparamos para "descer a serra" para São Sebastião.

Abaixo uma selfie feita na minha sala pelo Patrick, que se encantou com a parede cheia de corujas.

arquivo pessoal Patrick Pina

Após um lanchinho, pegamos estrada. Sempre batendo altos papos, chegamos lá quase uma hora da manhã. Dormi "apagada" na casa dele. 

19/06/2025 - quinta-feira

Logo cedo, antes do passeio para ver baleias (que não tínhamos certeza se ia ter vaga para mim, pois eu não fizera inscrição) rolou uma paradinha numa gostosa padaria em São Sebastião antes atravessarmos o canal para a Ilha.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Em seguida, partimos para o píer, onde ele deixaria o carro estacionado em segurança. Encontramos o amigo Cayo Môura, que também virou guia de baleias. 

Aguardamos um pouquinho e um barco da Maremar aportou para nos buscar - nada de horas de travessia de balsa como foi no ano passado ao ir para o Ilhabela Bird Week no meu carro. Em poucos minutos a gente chegava do outro lado.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Rapidinho conheci os simpaticíssimos donos da Maremar, Tais e Marcos. Sim, havia desistentes e tinha vaga pra mim. Eba-eba!!! 🤜🤛🐳🐋🐬

Após um lauto café, com muitas frutas e guloseimas, que, infelizmente alguns colocaram para fora durante o passeio, lá fomos nós, após as super instruções de navegação dadas pelo Patrick e pelo capitão que ia nos conduzir. 

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Não levei chinelos nem tênis, só sapatilha e bota de floresta. Precisei embarcar descalça, apesar do frio e da água geladíssima. Como meu amigo André Ribeiro diz: é preciso salgar os pés para adoçar a alma.

Fui de boa, barco inflável, super confortável. Diferente da experiência traumática que tive na Ilha da Madeira em Portugal, uns dias antes. (depois conto como foi em um post específico).

Abaixo, na primeira foto, a travessia até a Ilhabela, depois eu e Patrick embarcados para tentar ver as baleias. 

arquivo pessoal Patrick Pina e Silvia Faustino Linhares

Se vi baleia? Sim! Saltando para fora d'água? Não! Não tive essa sorte. É igual sair ver passarinho, a gente sabe que vai tentar. Mas conseguir é que são elas.

O mais legal é saber que elas estão aumentando no planeta. A recuperação das populações de baleias jubarte no Brasil é um sucesso notável, com estimativas recentes indicando que a população brasileira se aproxima do número de animais que existia há 200 anos, antes da caça comercial intensa ter começado.

Não teve baleia saltando, mas teve golfinho fazendo festa, abaixo Golfinho-Bico-de-Garrafa ou golfinho-nariz-de-garrafa ou ainda roaz-corvineiro (Tursiops truncatus). Uma festa para mim e para as pessoas no barco, que gritavam de empolgação.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

baleias na superfície
arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

A parte que sempre gosto é quando encontramos aves pelo caminho. Apesar de que eu ainda não estava enxergando 100% e do balanço do barco me impedir de conseguir enquadrar e focar do jeito que gosto, fiz fotos bem interessantes, como os pezinhos de uma fragata. Adorei brincar com a câmera.

Abaixo um atobá-pardo (Sula leucogaster), voando, os pezinhos de uma fragata (Fregata magnificens) em voo, um bando pousado no barco e um fofíssimo trinta-réis-de-bico-vermelho (Sterna hirundinacea) passando por nós. 

Patrick ia informando a galera, que ficava empolgadíssima como eu. Talvez daí nasçam novos observadores de aves. 

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Lista e-Bird com foto das aves https://ebird.org/checklist/S253353331 📌

Após o almoço, passei a tarde sentada no quintal da residência dos queridos amigos Thiane e Antônio Amaral que doravante irei me referir apenas como Tuba. Foi uma tarde muito especial. Muita conversa jogada fora, muitos passarinhos nos comedouros, aquela gostosa expectativa de quem seria o próximo a aparecer para enfeitar nossa tarde e comer todas as bananas. 🙂🙃🍌🍌🍌🙂🙃

Fique atento: todas as aves fotografadas estão registradas em listas específicas e-Bird ao final de cada dia e/ou em um Relatório de Viagem Geral (trip report) no término dos 4 dias. É só acabar de ler o post TODO e voltar clicando onde tem um alfinetinho vermelho 📌 (🫣🤔😁😅🤣😂)

voltando do almoço
arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

O que mais gostei de ficar sentada no quintal da Thiane e do Tuba, além dos nossos altos papos, foi ficar olhando para o céu e observar as aves voando ao alto. 

Foi magnífico presenciar o balé das fragatas ao mesmo tempo que tentava entender seu significado, se era namoro ou briga. 😂😖😵‍💫💘😑🥴

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Abaixo na sequência um pouco das aves do quintal da Thiane e do Tuba: 
sanhaço-do-coqueiro (Thraupis palmarum), 
pardal (Passer domesticus), 
tiriba-de-testa-vermelha (Pyrrhura frontalis), 
canário-da-terra (Sicalis flaveola), 
beija-flor-tesoura (Eupetomena macroura) e 
bentevizinho-de-penacho-vermelho (Myiozetetes similis).

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Lista e-Bird com foto das aves https://ebird.org/checklist/S253354269 📌

20/06/2021 - sexta-feira

Logo depois do café e assim que a marina abriu (Centro Náutico Ilhabela), o Tuba foi logo aprontar o seu catamaran de 27 pés, chamado Kraken, para fazermos um passeio. 

Nesse passeio fomos só nós três, no caso fomos eu, a Comandante Thiane e o Capitão Tuba. 😎🤓🧐🤣
 
Assim que chegamos, um moço me abordou querendo saber qual era meu equipamento, dei uma aula sobre passarinhos para ele e ainda chamei Tuba e Thiane para confirmarem o que íamos fazer no mar: ver aves marinhas.

Passear no mar com esse casal não tem igual. É riso pra cá e pra lá. 

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

E eu meu quase possante equipamento
arquivo pessoal Tuba (Antônio Amaral)

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Tuba nos conduziu para o lado contrário de onde iam os barcos para avistar baleias, assim podíamos ficar tranquilos para ver as nossas aves. 

E foi uma festa de fotos bonitas. As aves faziam pose e fila para serem fotografadas. Eram atobás-pardo (Sula leucogaster) e gaivotões (Larus dominicanus), jovens e adultos. Dava para escolher.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Agora o mais legal foi quando nos deparamos com uma gulosa e quase engasgada garça-moura (Ardea cocoi). Ficamos observando o que ia acontecer. E num é que vai de lá, vai de cá, ela conseguiu engolir o bichinho, que ficava "esperneando" de um lado pro outro, melhor, "rabiando" de um lado pro outro. 

Um pouco mais adiante, bandos de trinta-réis-de-bico-vermelho (Sterna hirundinacea) renderam excelentes fotos.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

E no final não podia faltar uma fotinho dos três. Mas aí veio a surpresa seguinte.

arquivo pessoal Tuba (Antônio Amaral)

Quando a gente menos esperava, 3 baleias ficaram curiosas com nosso barco, que era o único naquele ponto e passaram a nos rodear. Eu fiquei só esperando aquele salto, mas então elas se cansaram da gente e foram embora.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Lista e-Bird com foto das aves https://ebird.org/checklist/S253354092 📌

Eu não tinha planos como já expliquei, então Tuba fez os "combinados" todinhos. Na parte da tarde ele armou com o Fernando Moraes de me levar ver a choquinha que eu falei logo no início. 

E lá  fomos nós dois encontrar Fernando na floresta. E adivinha o que aconteceu? Fernando tinha achado um guaracavuçu (Cnemotriccus fuscatus) e pasmem, mesmo fotografando passarinhos há 20 anos na Ilha, ele era novidade para o Tuba. Juntos fizemos fotão do bichinho. Ver ele "laifar" (fazer um lifer) foi uma alegria sem tamanho. 

guaracavuçu (Cnemotriccus fuscatus)
arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

E a choquinha-de-garganta-pintada (Rhopias gularis) , será que "deu bom"? Faz pergunta mais difícil, por favor. 

Em se tratando do Fernando, eu diria que ele tem caso de puro amor com os bichos da Ilha, sim ele os alimenta, repondo um pouco daquilo que os humanos tiraram dos seus habitats. Essa é minha visão, baseada na minha experiência com aves não só pelo Brasil, mas por vários países onde já fui.

Ele conversa com os bichinhos, os chama por apelido e eles vem felizes, saltitantes, sem medo. (vi isso em poucos lugares, mas principalmente em lodges na Colômbia, Equador e Peru). E não é só bichinho típico de comedouro não. A magia do Fernando atinge aves super difíceis também.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Abaixo eu, sentada, medindo a luz, enquanto aguardava o Fernando fazer seu trabalho. 

arquivo pessoal Tuba (Antônio Amaral)

Depois foi só comemorar, mas não paramos, pois o nosso tempo de luz boa pra fotografar era curto.

Um cabeçudo (Leptopogon amaurocephalus) tomava banho num laguinho e pousava ao meu lado para se secar um pouco. 

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Uma graciosa guaracava-cinzenta (Myiopagis caniceps) fez pose para mim. E lógico, o Fred chupa-dente (Conopophaga lineata) veio pegar seu filão, pra não perder o jeito. 

Até o pula-pula (Basileuterus culicivorus hypoleucus) parou de "pular" para ser fotografado. E o pior foi um beija-flor-de-bochecha-azul (Heliothryx auritus) que surgiu. Era lifer para a Thiane, mas, infelizmente, ela não pode vir com a gente.  

As citadas aves na sequência.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Tuba então me perguntou como era meu registro de borralhara (Mackenziaena severa). Eu fui olhar no Wikiaves e quase caí pra trás ... um horror! Um registro deprimente de um macho no escuro em 2013 e outro "menos pior" feito em 2016. Ambos terríveis. 

Então, sentada na beira da estrada, fiquei aguardando a mágica do Fernando. E não deu outra. Quase sem luz, ISO nas alturas (em 12800, 1/100, f7.1), consegui fazer uma linda foto do macho. Mas a fêmea não deu as caras, me deixando frustrada. Ah! Mulheres, como vocês são difíceis!

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Felizes que nem crianças, nosso dia na mata se fechou com chave de ouro. E tem mais,  no escuro da floresta, pude testar meus olhos sem óculos. Foi muito tranquilizador ver meu olho direito enxergando bem novamente. 

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Comemoramos o lifer do Tuba e os meus "melhoraifers" num delicioso restaurante japonês, já programando levar a Thiane tentar o "bochecha-azul" no dia seguinte. 

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Lista e-Bird com fotos das aves: https://ebird.org/checklist/S253353970 📌

21/06/2025 - sábado

Eu havia pedido ao Tuba para voltar na florestinha de novo, tanto pela Thiane, como pela fêmea do borralhara. Thiane e o Capitão Matias Gomes iriam nos acompanhar. Coube ao Tuba seguir à risca as orientações do Fernando, que neste dia tinha compromisso e não poderia nos guiar. 

Abaixo, na varanda do Tuba, recebendo o Capitão Matias logo depois do delicioso cafezinho preparado pela Thiane.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Logo ao chegar, tivemos uma recepção pra ninguém colocar defeito, prenúncio de sorte. Sim um jovenzão de papagaio-moleiro (Amazona farinosa) veio nos dar bom dia. Aconselhou a gente a ir bem devagar para não espantar as aves do pedaço. E foi o que fizemos. 

O Tuba disse que os moleiros eram iguais pombos na Ilha. Então eu apelidei este papagaio de Brazilian Emerald Dove (em homenagem à minha mãe que se chamava Esmeralda).

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

La pelas tantas o Capitão Matias disse: - alto lá, galera, olhem isso no chão. 

Isso nada mais era do que uma víbora venenosa da família dos viperídeos chamada Jararacuçu (Bothrops jararacussu). Ela pode chegar até 2 m de comprimento. 🐍🐉

Esta devia ter um metro mais ou menos. Eu a cliquei com minha lente 100-500. Já o Capitão Matias clicou com o celular. Thiane foi lá pro outro lado com medo, depois de passar a poucos centímetros da mesma. Tuba por sua vez ajudou a bichinha a entrar no mato para não correr riscos de bicicletas ou maratonistas machucarem a coitada.

Eu não vou dizer que amo encontrar cobras pelo caminho, eu as respeito, pois a invasora sou eu. Eu passarinho, elas passarão, "plagiando" Mário Quintana.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Como disse a Thiane num post dela dessa foto abaixo: ache a cobra. Ela é tão dissimulada, que se o Matias não a visse, a gente teria até pisoteado ela, e na pior das hipóteses, tomado uma bela e perigosa picada. 🐍🐉

arquivo pessoal Thiane Amaral

Aí depois dessa, passei a andar mais devagar ainda, olhando cada centímetro por onde eu pisava. Fui me distanciando do grupo e me conectando com a floresta, como sempre faço. Até alguém falar pra mim: - venhaaa, estamos chegando na borralhara.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Pedi então para me esperarem pois eu queria muito registrar com todos esse tranquilizante momento.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Chegamos finalmente no ponto das borralharas. Fred veio abrir a porta, e a baixinha vizinha dele, a Dedé, veio buscar a marmita dela, mesmo sem ser chamada. 

Não demorou muito o casal do lado veio buscar a sua mercadoria. A gente parecia entregador do Mercado Livre. O condomínio inteiro (leia-se floresta) parecia estar ali esperando pela gente. 

Vou por abaixo fotos só dos principais. Se você ainda não guardou os nomes vou repetir na sequência da foto abaixo. Fred - o chupa-dente (Conopophaga lineata), Dedé - a saracura-lisa (Amaurolimnas concolor) e finalizando o casal borralhara (Mackenziaena severa), macho e fêmea. Tudo foto de quadro.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Lista e-Bird com fotos das aves: https://ebird.org/checklist/S253353885 📌

Na parte da tarde, depois de uma soneca no chalé onde fiquei hospedada na casa do Tuba e da Thiane, nada como um descanso nos comedouros, com direito a foto de close da tiriba-de-testa-vermelha (Pyrrhura frontalis).

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

E teve novidade em relação ao dia anterior. Adorei ver que o sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris) da Ilha é tão posudo quanto o meu Sassá daqui de São Paulo.


Teve uma variedade enorme de aves. Thiane não vencia colocar grãos e frutas. 

Na sequência abaixo:
sanhaço-de-encontro-azul (Thraupis cyanoptera), 
sanhaço-de-encontro-amarelo (Thraupis ornata), 
sanhaço-do-coqueiro (Thraupis palmarum), 
pombo-doméstico (Columba livia), 
tiriba-de-testa-vermelha (Pyrrhura frontalis), 
rolinha-roxa (Columbina talpacoti), 
lavadeira-mascarada (Fluvicola nengeta), 
cambacica (Coereba flaveola) e 
bem-te-vi (Pitangus sulphuratus) entre outros.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

As listas completas você pode nos links abaixo ou ao final no Trip Report.

Lista e-Bird com fotos das aves: https://ebird.org/checklist/S253353844 📌
Lista e-Bird com fotos das aves: https://ebird.org/checklist/S253353795 📌

Estava tão tranquila que passei a dormir mais de 9 horas seguidas, sem preocupação nenhuma. A pressão que eu senti nos dias anteriores a minha descida foi amenizada com os bate-papos e passeios sem compromisso que fiz com a galera. 

Nessa noite Patrick e Oliver vieram dormir no chalé também. Nós pedimos pizza e ficamos conversando até a hora de dormir, se deixassem, varávamos a noite. 

O mais engraçado da noite foi o Oliver fazer sinal pra eu ficar quieta a fim dele dar um susto no pai quando ele descesse as escadas.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

22/06/2025 - domingo

Eu dormi no andar de cima, Patrick e Oliver no de baixo. Eles levantaram cedo para irem trabalhar e mostrar baleias pros turistas. Nem desci para dar bom dia, fiquei só ouvindo os dois conversarem. 

Era algo que despertava o meu eu "professora de pequeninos", adormecido há tanto tempo. Oliver fazia muitas perguntas e Patrick respondia com paciência e muito ensinamento, impondo sempre a necessidade  de respeito. Profundo esse momento. Minha pessoa não caberia ali. Era um momento de ouro, apenas entre pai e filho.

Um pouco mais tarde, lá fomos nós, eu, Thiane e Tuba dar uma volta de barco, contornando a Ilha toda. Sempre quis fazer isso mas nunca tinha tido a oportunidade. 

Tínhamos convidados especiais. Denise e Fernando Moraes iriam juntos. Também era a primeira vez para eles.

Rodamos 75,5 km sempre parando para aves ou baleias. Logo que saímos uma lindíssima garça-azul (Egretta caerulea) nos deu bom dia e disse que ia pescar um pouquinho, para a gente "chispar" dali. 

Os atobás-pardo (Sula leucogaster) já tinham feito seu desjejum e sujavam as pedras com seus excrementos brancos. 

Um carrapateiro (Daptrius chimachima) passava no alto buscando seu café da manhã, enquanto a fragata (Fregata magnificens) pegava carona num barco à nossa frente aguardando uma refeição grátis.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Ainda pudemos clicar: 
gaivotões (Larus dominicanus), 
trinta-réis-de-bando (Thalasseus sandvicensis), 
trinta-réis-de-bico-vermelho (Sterna hirundinacea) e 
urubu-preto (Coragyps atratus).

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

De vez em quando a gente parava um pouco e o Capitão Tuba esticava as pernas (literalmente) no conforto do barco. Não só ele, como nós todos. Mas era breve, pois logo apareciam aves ou baleias no pedaço para nos atiçar.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

O nosso guia preferido, Fernando, com a esposa Denise, estavam extasiados, via-se pelos sorrisos.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

E olha meu príncipe, saindo das profundezas, me trazendo peixes-passarinhos, que ele sabe que eu adoro. 🤣🤣🤣🐠🪶🧐 (brincadeirinha)

IA por solicitação minha (microsoft bing )

Cansados de navegar, fizemos uma paradinha pra uma "Tuba-selfie".

arquivo pessoal Tuba (Antônio Amaral)

No caminho encontramos dois barcos amigos, o do Julio Cardoso e do Capitão Gustavo Ximango. E algumas baleias exibidinhas, mostrando só os rabinhos.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

O Ximango me pediu uma foto com a baleia perto do barco dele, enviei uma e o Tuba também enviou. Lógico que a do Tuba ficou melhor que a minha, dada sua experiência com peixes e com o mar. Falo nada! Sacanagem, viu Tuba! (meu conceito de sacanagem: todo bom negócio do qual você não participa) 😀😁🤣😂

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

arquivo pessoal Tuba (Antônio Amaral)

E assim nosso passeio terminou, com um céu digno de anjos. 


Seguindo adiante, falta bem pouquinho agora. 

Saímos almoçar juntos. Um lugar apinhado de gente. Com os garçons super ocupados e desatentos (né, Fernando? 🥴😬🤐🤫🫣🤑) acabamos fazendo uma selfie tudo meio tortinho mesmo, só pra preservar a lembrança.

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Lista e-Bird com fotos das aves: https://ebird.org/checklist/S253353645 📌

Terminou o passeio, mas eu ainda tinha coisas para fazer. Mesmo com a carinha mais cansada do mundo, mas não menos feliz, fiz questão de conhecer a filha do Tuba, a engenheira civil Victoria Amaral, que tão bem nos recebeu em sua casa. De quebra, ainda pude conhecer Felipe, seu esposo e um dos seus filhos, o Bruno, neto mais velho do Tuba. 

arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

23/06/2025 - segunda-feira

Levantei cedo, tomei um cafezinho na companhia do querido casal. Em seguida Thiane me acompanhou até a balsa (que a pé é super rápido - não tem fila). 

Do lado de lá aguardei Patrick vir me buscar. Depois passamos pegar o filhote dele, Oliver, que subiu até Sampa com a gente. 

Oliver pediu que eu viesse no banco de trás com ele. Viemos brincando de "O que é o que é?" ou "O primeiro que ver um carro da cor "XXX" ganha". Ganha o que? O jogo! E óbvio, ele ganhava quase todas. 

Patrick e Oliver
arquivo pessoal Patrick Pina

Trip Report e-Bird com as todas fotos de aves feitas nos 4 dias: https://ebird.org/tripreport/388417 📌

Dois dias depois que cheguei, completamente tranquila, sem o estresse que antecedeu a cirurgia do primeiro olho, entrei para operar o segundo. O relaxamento desses quatro dias me fez muito bem. Saí da clínica muito feliz e aliviada. Mais uma etapa de vida cumprida. 


Só posso agradecer às maravilhosas pessoas que fizeram eu olhar o mundo com outros olhos e não estou me referindo à cirurgia oftálmica não, mas à mudança do meu comportamento negativo em relação ao mundo nos últimos tempos, fazendo com que eu me sentisse renovada, super animada para continuar minhas aventuras passarinhísticas mundo afora. 

E viva o café, a cervejinha e acima de tudo as amizades verdadeiras. Tudo isso unido pela existência dos passarinhos livres que a gente gosta de fotografar.

Que minha trilha siga sempre cercada de boas amizades, como os passarinhos que voam juntos, mesmo sob céus diferentes. Acho que fiquei poética de novo. (suspiro). Ah! Você não sabia? Eu tenho um bloguinho de textos e poemas? (tudo "escritinho" por mim, como aqui no de viagens). Gosta de perder tempo lendo? Então Clique aqui📌

Para terminar um pequeno poema, lembrando que no dia 20 de julho é o Dia do Amigo 📌. 

Amizade é raiz que não se vê,
mas sustenta a alma em dias de vento.
É flor que brota sem porquê,
e nos ameniza as dores do sofrimento.

É mão que chega sem ser chamada,
é olhar que entende sem perguntar.
É um carinho de forma inesperada,
é riso que vem só pra alegrar.

Se tens um amigo, tens um abrigo,
tens espelho e também um farol.
Pois a amizade, meus queridos,
é a forma mais pura de sentirmos o calor do sol. ☀️

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