A última foi em Carajás novamente, em novembro 2022, onde também fui guiada pelo amigo Filho Manfredini (sem postagem, por enquanto)
Mas a primeira ave que registrei no Pará foi em 2013, onde fazia uma expedição ao norte do Mato Grosso. Pedi aos amigos para irmos até a fronteira, onde em Novo Progresso/PA fiz duas espécies para pontuar bolinhas no meu mapinha do Wikiaves e poder colocar uma bandeirinha do Pará no meu colete fotográfico.
Eu sempre quis conhecer um pouco das aves do famoso e infelizmente devastado Centro de Endemismo de Belém. O Pablo sempre me falou dele, aguçando, dessa forma, a minha curiosidade. Mas por problemas das nossas agendas nunca conseguimos acertar uma data.
Ainda falta conhecer Paragominas, mas esse local ficou para o futuro, que espero esteja próximo.
(fonte: conservation.org)
Mas vamos contar como essa expedição nasceu. No dia 27 de junho, o meu amigo Nailson Junior (@nailsonjr17) postou uma foto de uma sanã-preta numa conversa no grupo de Whatsapp dos Amigos da SAVE.
Eu elogiei a foto e disse: num tenhoooooo - ainda! E o Nailson respondeu: Cooorre! Vem pra Belém Silvia. De dia a Sanã-preta, a noite uma cerveja gelada na Amazon Beer 😍 🍺🍺
Mediante um convite desses, eu disse: só se for daqui 10 dias kkkkkkkk estou saindo em expedição com amigos do Rio Grande do Sul aqui na minha região. Vou mostrar o nosso litoral pra eles, mas já gostei do convite.
Ele respondeu de novo como bom cearense que é: Oxe, pois venha! Já fica de olho nas promoções de passagens. Eu respondi: Vou olhar todos os dias, enquanto os gaúchos se fartam nos comedouros.
E ele me alertou: Veja, a semana do dia 11 vou tá bem "mais de boas". Tem muitos bichinhos legais aqui. (inclusive vários tipos de cerveja 🙊).
Só faltou falar que ia ter café e até café de açaí. 🙃🤪😂
E então nosso papo foi pro privativo. Quando vi, no dia 28 de junho, enquanto aguardava o voo bastante atrasado dos amigos do sul, acabei comprando as passagens para Belém, sem ter plano nenhum, a não ser Nailson me levar ver a sanãzinha que eu tanto queria (a que abre essa postagem).
Depois disso parti para o litoral sul de São Paulo e só voltei no dia 05 de julho. Meu embarque para Belém estava previsto para o dia 11. Eu não tinha ideia do que ia acontecer e nem como seria no Pará.
Eu só queria fazer uma boa foto da sanã-preta (Laterallus jamaicensis), que estava entalada na garganta desde que fui pro Maranhão e a vi de relance num arrozal em janeiro de 2016.
Deixei tudo na mão do Nailson, que foi cuidando do nosso roteiro e logística. Ele me perguntou se podia levar a namorada junto. Sem objeção! Lógico que concordei, e foi assim que ganhei mais uma amiga, a Anna Klara Guerreiro, a quem hoje chamo carinhosamente de Anninha ou Klarinha.
Foi já arrumando mala que eu soube que um casal de biólogos, hoje queridíssimos amigos, Fernanda Freitas (@fernanda_freitas_birding ou @avesdopara e/ou ainda @refugio_dos_naturalistas) e Danielson Aleixo (@danielson_aleixo_birding ou @avesdopara), iriam nos guiar.
Na foto a seguir, eu, Fernanda, Danielson, Anna Klara e Nailson.
Doravante você vai ver eu mencionar os dois como Fernandinha e Dani. Como dizia uma amiga quando morei em Brasília: "a intimidade é uma merda". Num é? A gente se aproveita dela e faz cada coisa. 😂😂😂😂
Recebi do Nailson uma sugestão de roteiro e até de um provável cardápio.
Já adianto que foi uma viagem emocionante, daquelas que fica na saudade (nada a ver com a Lipaugus ater 😂😂).
Desde fazer registros novos, saborear comidinhas deliciosas, conhecer lugares novos e pessoas para lá de especiais. Enfim, uma viagem recheada de emoções, todas muito boas e até algumas surpreendentes.
Espero que os dois casais citados não coloquem nomes nos filhos que terminem com "son", porque no final da viagem eu já chamava o Danielson de Danilson, e o Nailson de Naelson. Isso porque o Ednilson não estava junto. 😂😂😂😂
Mas bora lá contar os detalhes desta expedição.
Dia 11/07/2022 - quinta-feira
Meu voo saiu muito cedo de Congonhas e fez conexão em Brasília. Quando cheguei no aeroporto em Belém, por volta de 11:30 o casal Nailson e Klarinha já me esperavam no saguão. Com direito a plaquinha e tudo. Lógico que me derreti inteira, uma vez que sou carente crônica e choro até em inauguração de supermercado.
Mas as emoções estavam só começando. 💝😪😍😁
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Seguimos direto para Santa Bárbara do Pará onde fica o Refúgio dos Naturalistas, residência do Dani e da Fernandinha.
Santa Bárbara do Pará é um município do estado do Pará, situado na região metropolitana de Belém (fica a 50 km de Belém). Sua população estimada é de 21 mil habitantes. Seu centro urbano fica às margens da rodovia estadual Augusto Meira Filho, que liga a capital paraense ao balneário de Mosqueiro.
Antes de eu ir, Nailson pesquisou alguns hotéis por perto, mas chegamos à conclusão que ficavam todos fora de mão. Nailson havia me contado que quando ia ao Refúgio, dormia na varanda numa rede. Eu disse que topava dormir na varanda, mas que levaria um saco de dormir, pois não sei se conseguiria passar uma noite inteira numa rede sem cair. 🙃🤪😂
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
E foi assim que a varanda da Fernandinha e do Dani virou um quarto comunitário, ou melhor, uma varanda comunitária, sem portas ou janelas, apenas ou toldo plástico caso chovesse, e choveu viu. 💦☔💦☔
Nailson levou um travesseiro para mim. Fernandinha e Dani compraram um colchão, o que tornou minhas noites super confortáveis.
A orquestra dos grilos e sapos, comandadas por um bacurau, era uma delícia para embalar nosso sono e sonhos, isso quando as notificações de celular de alguém não eram silenciadas e davam um pontapé no nosso cérebro no meio da madrugada. 😂😂😂😂
O duro mesmo era dormir com a vizinha barulhenta. O jeito era levantar, pegar a lanterna e ... Ops, isso é "spoiler"! Espere eu contar isso láááá na frente. 😂😂😂
D. Lurdes, mãe da Fernandinha, preparava refeições incríveis para a gente. Aliás foi ela quem preparou quase todas nossas refeições, exceto quando estávamos fora ou comíamos pizza.
Nesse dia de chegada teve um super almoço. Para quem saiu 4:30h da manhã de casa e sequer conseguiu mais de um biscoitinho no avião, veio bem a calhar.
E as aves? Eu queria chegar e já ir ver o topetinho-do-brasil-central (Lophornis gouldii), uma das estrelas do quintal da casa da Fernandinha e do Dani.
Por volta das 15 horas descemos até o igarapé no fundo do quintal para aguardá-lo em seu poleiro, mas só que nada.
Não rolou nem uma passadinha básica. No local só uma ariramba-do-paraíso (Galbula dea), muito no alto. Nem com TC 1.4x deu foto bacana.
Depois saímos andar na estradinha e este dia teve uma *nova espécie pra minha lista (*um lifer): arapaçu-barrado-do-leste (Dendrocolaptes medius). Não foi aquela foto mas dava pro gasto.
Foram outros dois beija-flores que fizeram a alegria das minhas lentes: rabo-branco-de-bigodes (Phaethornis superciliosus) e o pequenino rabo-branco-rubro (Phaethornis ruber). Mas devido à pouca luz do fim da tarde, as fotos não ficaram tão bacanas quanto poderiam.
Nessa noite os meninos fizeram uma fogueira no quintal para comemorarmos minha chegada com uma geladinha acompanhada de uma comida deliciosa. Foi bárbaro!
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Foi quando a Fernandinha me contou que seu cliente após a minha guiada era alguém que eu conhecia. Era um passarinheiro de Parauapebas. Ela só não sabia que eu e "esse cliente" éramos mais do que conhecidos. Éramos, melhor dizendo, somos, grandes amigos. Falo do Raimundo Carvalho, um dos responsáveis por eu ter me decidido pela minha primeira expedição à Parauapebas.
Por razões que não vem ao caso, nenhum dos dois havia comentado com o outro que estaria indo passarinhar naquela região e com os mesmos guias. Ele ia chegar quando eu já estaria voltando. Então combinamos dele vir um dia antes para passarinharmos, pelo menos algumas horas juntos.
Dia 12/07/2022 - sexta-feira
Logo pela manhã, após um delicioso e rico café e muitas histórias (haja história né, D. Lurdinha? 🙃🤪😂), descemos até o igarapé do fundo do quintal pra esperar o topetinho. Um bando de gavião-tesoura (Elanoides forficatus) estava nos arredores dando um show.
Foi somente depois das 8:00h que o sujeitinho apareceu, isso no "quinquagésimo terceiro andar" de uma árvore seca e na contraluz. O fofo fez até display nesse dia.
A sorte é que carrego um tele-conversor 1.4x. E mesmo assim era só um pontinho no alto. Tive que fazer mágica pra conseguir uma foto bonitinha do tão desejado topetinho-do-brasil-central (Lophornis gouldii).
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Fotografando o topetinho Arquivo pessoal: Danielson Aleixo |
Depois de ficar um tempão vendo ele ir e vir na esperança dele pousar um pouco mais baixo e ele ignorar o meu desejo, pude então comemorar com uma geladinha, já que passava das 10h e então eu podia né?
Arquivo pessoal: Danielson |
Ainda saímos para caminhar em busca de outros bichos, mas quem conhece as aves amazônicas sabe que elas costumam ficar longe do alcance das lentes e raramente proporcionam fotão, exceto quando...
Quando uma velha conhecida das alturas, pela primeira vez na minha vida de birdwatcher, resolve dar o ar da graça no limpo, na altura dos olhos, e com luz perfeita. Lembrei da minha querida amiga Daniela Maia quando ela disse isso uma vez num grupo.
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
A contabilidade fechava em dois lifers, mas eu não estava feliz com a foto do meu arapaçu-barrado-do-leste (Dendrocolaptes medius), a gente bem que tentou de novo e nada. Mas eu sabia que haveria outras oportunidades.
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
E nada como fechar o dia comemorando com uma Amazon Beer (que agora tem outro formato), comida típica e sobremesa deliciosamente preparadas pela d. Lurdes.
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Dia 13/07/2022 - sábado
Esse parque tem uma história bem bonita. No período da 2ª Guerra Mundial, migraram para o Brasil cerca de 1,8 mil moradores de Gunma - Japão (província que fica a 100 km a noroeste de Tóquio e tem cerca de 2 milhões de habitantes). No Pará, eles se organizaram na Associação Gunma Kenjin-Kai do Norte do Brasil e, em 1992, passaram a reivindicar a criação de um parque ecológico.
Em 1994, a Assembléia Legislativa de Gunma aprovou o projeto e, no ano seguinte, o governador Hiroyuki Kodera realizou uma campanha de arrecadação de fundos, obtendo 30 milhões de ienes. A verba permitiu a aquisição da propriedade de 541 hectares (400 hectares de floresta primária e o restante de floresta secundária), onde desde 1996 funciona o Parque que permite visitar e fotografar em suas trilhas, além de outras atividades e atrações.
Logo que chegamos perto, nos posicionamos no acostamento de uma estrada asfaltada e movimentadíssima, que corta o Parque. Do outro lado dela, bem no alto, havia pés de louro e açaí onde várias espécies de aves vinham se alimentar.
Estava lotado de "aves ávidas" por se fartar como eu no café da manhã. Até abri meu banquinho e sentei para poder aguardar a chegada do apuim-de-costas-azuis (Touit purpuratus), que todos nós queríamos que aparecesse.
Enquanto isso fui registrando tudo o que passava voando. Foi um festival de anambés: anambé-azul (Cotinga cayana), anambé-de-coroa (Iodopleura isabellae), anambé-de-rabo-branco (Xipholena lamellipennis), anambé-de-peito-roxo (Cotinga cotinga) e outros como o bentevizinho-de-asa-ferrugínea (Myiozetetes cayanensis), cambacica (Coereba flaveola) e risadinha (Camptostoma obsoletum), etc.
Deu foi muito registro, mas nada que vá servir para ilustrar um livro. No entanto é como eu disse sobre o prazer das preliminares. Estava delicioso apreciar o ir e vir de tantas aves no alto das fruteiras.
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Nesse dia, um senhor parou seu carro no acostamento perto da gente. Desceu junto com um rapaz que parecia ser seu segurança. Sequer deu bom dia, foi logo nos abordando, dizendo que era o "dono daquelas terras do parque", e começou uma conversa interminável sobre a necessidade de obter dinheiro para manter o parque. Não senti boas energias nele. Parecia querer simplesmente extorquir nosso grupo. Não lhe demos muita atenção, pois estávamos nas margens de uma rodovia pública. Ainda bem que ele foi embora logo.
Pouco tempo depois entramos pela estrada de terra que dá acesso aos portões do parque. Um carro parou do nosso lado e logo vimos que era gente bacana. Era o secretário do Meio Ambiente da cidade e algumas pessoas que trabalhavam com ele, entre eles a Natália, uma bonita e simpática moça de cabelos coloridos.
Danielson e Fernanda explicaram que eram moradores do Refúgio dos Naturalistas que fazia limite com o Parque. Contamos a eles sobre o senhor que parou no acostamento para falar com a gente. Depois do secretário nos explicar que o senhor que nos abordara não era mais da associação que cuida do parque e que estavam ali, inclusive para investigar denúncias de cortes de madeira ilegal que ele acobertava, eles se despediram e nós continuamos a passarinhar, já mais aliviados.
Eu e o Danielson entramos no meio da densa floresta atrás da vocalização dos "touits" - apuim-de-costas-azuis (Touit purpuratus). O bichinho é do tamanho de uma folha (não chega a 20 cm), tem cor de folha e só fica no "terraço do último andar da floresta". 🙃🤪😂🤣🤣
Ficamos procurando por tudo quanto é canto e nada. Dois deles simplesmente estavam sobre as nossas cabeças em absoluto silêncio mortal. De repente saíram voando e nós perdemos eles. 🌿💚🥺
Mas rolou fazer foto do tem-tem-de-topete-ferrugíneo (Maschalethraupis surinamus) e de muitas libélulas e florzinhas.
Um uiraçu (Morphnus guianensis) deu as caras e eu olhando pela lente e achando que era um gavião-branco, demorei a focar e perdi o bonitão. Só o Nailson conseguiu foto. Link para ela no Wikiaves. Foi a espécie de número 900 dele. 🤜🤛🏆
Após o almoço seguimos para a RESEX Caeté-Taperaçu em Bragança, que fica a 240 km do lugar que eu estava. Iríamos tentar a sanã-preta (Laterallus jamaicensis) nesse lugar.
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Chovia bastante, mas mesmo assim quando dava eu ia parando e fazendo red-ball lifer (bolinhas vermelhas no meu mapa do Wikiaves), entre eles destaque para: suiriri (Tyrannus melancholicus) em Benevides, pardal (Passer domesticus) em Santa Izabel do Pará, urubu-preto (Coragyps atratus) em Castanhal, garça-branca-grande (Ardea alba) e gavião-caboclo (Heterospizias meridionalis) em São Francisco do Pará e rolinha-roxa (Columbina talpacoti) em Santa Maria do Pará.
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Nós ficamos hospedados no seu Zezinho, na Kiall Pousada e Restaurante. Era noite de lua cheia e pudemos confraternizar e planejar o dia seguinte enquanto admirávamos o esplendor do luar.
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Dia 14/07/2022 - domingo
A gente pretendia levantar, tomar café e ir até o local da sonhada sanã-preta. Após o café, quando chegamos na varanda e olhamos, uma surpresa nos aguardava, a maré havia interrompido a estrada e não dava para passar.
E a inocente aqui falou: dá sim, é só ir bem devagar. Isso quando olhei de longe. Vai seguindo a sequência de imagens...e na terceira, olha bem no fundo.
Só peixe e sapo conseguiriam atravessar, ou então um barco. 🐸🐟😹🚣♀
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
A maré baixou e conseguimos chegar no local para tentar a nossa pretendida. Nos ajeitamos e aguardamos super preparados. Ela cantou no local, mas não se aproximou de jeito nenhum. Nem passava pela nossa cabeça desistir dela.
Estávamos dando um tempo quando um carro adentrou pela nossa estradinha e parou perto da gente. Três homens saltaram dele. Pensa no susto que tomamos e no medo de ser assalto. Eram apenas três funcionários do DER que tiveram problemas no motor do carro e resolveram encostar ali para ver o que era. Mesmo assim, recolhemos nossas coisas e resolvemos voltar para a pousada.
O dia anterior já havia me deixado frustrada por conta do apuim e agora depois de todo o perrengue, a sanã nem se atrever a mostrar sequer o biquinho era muito desaforo pra uma pessoa só. 🤣🤣🤣
Meus amigos só disseram: Não se preocupe, à tarde a gente retorna e buscaremos ela até encontrar. Pensa numa Expectativa com E maiúsculo, negrito, itálico e sublinhado. 😰😂🤣🙃
Almoçamos, descansamos e voltamos ao local. Montamos blind, cadeiras, etc e nada. Eis que o ouvido biônico do Dani detecta um bacurau-de-asa-fina (Chordeiles acutipennis) um pouco além de onde estávamos e que era novidade para Bragança. Resolvemos ir até ele.
E de repente, quem canta lá pelos lados do bacurau? Quem? Quem? Ela! A própria.
Já com cadeiras do seu Zezinho (emprestadas da pousada) pra esperar com conforto, nos preparamos para vê-la desfilar. Mas ela estava muito rapidinha no início. Mal dava foco.
Eu e Danielson sob tensão Arquivo pessoal: Anna Klara |
Então, com o coração já saindo pela boca, acabou dando tudo certo. Eu consegui fotos legais da desejada sanã-preta (Laterallus jamaicensis), motivo principal dessa minha expedição.
Veja no vídeo da Anna Klara como foi o momento de êxtase do final desse capítulo. Realmente de chorar.
Depois ainda fiz uma linda polícia-inglesa-do-norte (Leistes militaris) para relaxar. Meta cumprida, partimos pra comemorar.
Pera, num acabou não.
Eu e Fernanda chorando de felicidade. Arquivo pessoal: Anna Klara |
Depois ainda fiz uma linda polícia-inglesa-do-norte (Leistes militaris) para relaxar. Meta cumprida, partimos pra comemorar.
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Um brinde à "jamaicensis" Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Dia 15/07/2022 - segunda-feira
Pera, num acabou não.
Tinha chovido à noite e as trilhas pela manhã estavam alagadas, impossibilitando irmos a pé. Conseguimos com seu Zezinho um barco para nos levar aonde precisávamos ir: o mangue.
A nossa busca era pelo papa-lagarta-do-mangue (Coccyzus minor), que eu tentava ver há anos, mas nunca tinha conseguido.
Como a areia era mole e lamacenta, fazendo a gente afundar até as canelas, tirei a bota (uma vez que não levei galocha) e andei descalça. Mas sempre morrendo de medo, uma vez que já fiquei atolada num mangue na Argentina e fiquei traumatizada. 😅😂🤣🙃😰
E registramos tudo o que surgia na frente, sempre de olho, esperando o papa-lagarta dar o ar da graça.
Destaque para batuíra-bicuda (Charadrius wilsonia) - inclusive com florzinha, garça-branca-pequena (Egretta thula), garça-branca-grande (Ardea alba), garça-azul (Egretta caerulea), guará (Eudocimus ruber), trinta-réis-miúdo (Sternula antillarum), trinta-réis-de-bico-preto (Gelochelidon nilotica), talha-mar (Rynchops niger), maçarico-rasteirinho (Calidris pusilla), entre milhares de outros bichos aquáticos, um festão. Menos o nosso papa-lagarta. Esse nem sinal.
A chuva vinha ameaçando. Aí um arco-íris coloriu nosso céu e não deixou a chuva cair. Trouxe-se nos sorte ou será que foi a Anna Klara? O pote de ouro no caso foi o papa-lagarta, cujos olhos de águia da Fernanda viram de longe.
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Aí com os meus pés afundando na lama pude então realizar esse sonho. O danadinho fez até pose, mesmo sem se aproximar como gostaríamos. Abaixo eu fazendo o papa-lagarta e o Danielson de olho para não perdermos ele. Fomos em frente até onde deu, pois de repente, a lama avisou que ia nos engolir inteiros se continuássemos. O jeito foi parar por aí. 🤣🤣🤣🤣
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Voltamos para a pousada e fomos comemorar. Era meu quarto lifer na viagem. Isso porque a expectativa era apenas um. Olha abaixo eu ainda com os pés cheios de lama mas com o sorriso indo de orelha à orelha.
Seu Zezinho, Fernandinha, Dani, Nailson, Anninha e eu Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
No nosso retorno à Santa Bárbara paramos no centro de Bragança e almoçamos no restaurante Maria Bonita, comida pra lá de arretada. Comemoramos o sucesso da nossa empreitada com muita alegria. Até pedi para fazer foto com a atendente vestida a caráter.
Clicar muiiiiiitooooo. 🦉🦉🦉🦉 né, D. coruja-de-crista.
Dia 16/07/2022 - terça-feira
Conforme combinado, acordamos super cedo. Íamos em busca do pica-pau-dourado-de-belém (Piculus paraensis) na cidade de Acará. Esse dia foi uma doideira. Acho que a culpa foi da Fernandinha que tinha compromisso e não pode nos acompanhar. 😶😇😉😋😆
Começamos super bem, no caminho até a cidade de Acará o gavião-do-igapó (Helicolestes hamatus) fez pose até dizer chega, enquanto procurava seu café da manhã no alagado abaixo dos seus pés.
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Andamos até não poder mais e nem sinal do pica-pau. Mas a trilha estava bem gostosa e o dia lindo.
Uma pessoa de moto, já conhecida por extorquir visitantes, nos abordou pedindo dinheiro para nos "autorizar" a andar por aquele local, pertencente à Associação Quilombola Menino Jesus. Só destaco que não há portaria ou placa proibindo a entrada. Sequer há portão ou porteira ou alguém que possa informar.
Eu gravei toda a conversa no celular, caso precisasse fazer um B.O. Quando ele pediu dinheiro, eu disse que pertencia a uma ONG, estava fazendo pesquisa de avifauna na região e precisaria de um recibo. Ele disse que eu podia pagar ali e pegar o recibo na casa dele, que era ali perto. Eu me recusei a pagar ali e disse que iria até a casa dele e pagaria mediante a entrega do recibo. Ele gaguejou, disfarçou e disse que eu fosse até uma barraquinha que vendia produtos locais na rodovia e solicitasse o recibo lá, pois lá era a tesouraria da Associação. Então eu disse que faria isso. Constrangido ele se foi e nos deixou por lá.
A fome apertou e resolvemos almoçar no Restaurante Sabor do Pará, onde o dono se encantou com a gente, após questionar nossa vestimenta de passarinheiro. Até ofereceu seu sítio para irmos atrás de pássaros.
Restaurante Sabor do Pará Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Agradecemos e seguimos para um novo local tentar o pica-pau. Como a estrada que pegamos estava "muito-muito-muito" ruim, bota ruim nisso, paramos o carro no portão de um balneário. Dani desceu a pé pela estrada esburacada para examinar as condições adiante.
Nisso o dono do Balneário se aproximou e começou a conversar com a gente. Até nos convidou para conhecer a sua propriedade. Infelizmente estava lotada e não ia dar pra passarinhar ali. Quando resolvemos pegar caminho até o Quilombo de novo, o que aconteceu? O pneu estava furado. Acho que foi praga do cara que nos abordou pela manhã pedindo dinheiro. Só pode.
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Os meninos colocaram o estepe e, em seguida, levamos o pneu furado para arrumar na única borracharia do local, conforme indicações que recebemos. Rimos muito quando chegamos lá, pois tinha nome de ave: saracura. Demorou bastante pois tinha um ônibus com pneu pra trocar e consertar antes do nosso. Deu até pra tirar uma sonequinha por lá.
Depois disso fomos até a tal barraquinha da Associação para pagar e obviamente, pegar recibo. Chegando lá, descobrimos que o valor era 1/1000 do que a pessoa vinha cobrando dos birders que apareciam, e que ele não era presidente do local coisa nenhuma.
Sim, de acordo com o tesoureiro Junior, ele não era o presidente. Logo em seguida encostou uma moto e o piloto chamado Fábio foi apresentado como o atual presidente da associação. Bateu papo com o Danielson e firmaram uma parceria. Resumindo, eu fui muito bem atendida pelo Fabio e pelo Junior, e ainda tirei onda com o nome da dupla, que seria o mesmo do cantor Fabio Junior.
Essa situação no fundo acabou sendo positiva, pois mostrou para a diretoria da Associação que havia uma pessoa na comunidade que não estava sendo transparente com seus colegas e nem com os observadores de aves. Além disso abriu uma oportunidade de parceria entre os meus amigos guias e os dirigentes. Uma parceria que Daniel e Fernanda mantém firme até hoje com o Fábio-Junior. 🤜🤛😁😂
Abaixo um vídeo do Fábio Junior pra gente recordar (adoro essa música)
Feito isso, seguimos para a mata atrás do famigerado pica-pau e nem sombra dele. Apesar de estarmos cansados, a gente ia brincando o tempo todo.
O Dani dizia assim: Silvia hoje você "mata" esse pica-pau (no sentido de hoje você fotografa ele) e leva ele na mochila (referência ao cartão da câmera). E a gente ria e fingia que levava os dizeres dele ao pé da letra, retrucando com inúmeras brincadeiras. Mas pica-pau que é bom nada.
Com o carro estacionado num local, descemos a pé por uma ribanceira sem fim (eu nem queria imaginar como seria a volta), e nada do pica-pau-estrupicinho. Teve borboleta, sagui, abelha, libélula, lagartinho, grilinho e muito pouco passarinho.
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Chegamos na baixada - surpresa! A ponte tinha caído. Tivemos que dar meia volta e "subir a subidona", que até então tinha sido "descidona".
Pedi uns minutinhos pra respirar e nisso avistei uma "flor-cenoura" - 🤣🥕🥕🥕😂 Vou chamá-la assim, pra não repetir as bobagens que falamos lá na ponte quebrada. Eu ri de perder as forças nas pernas e me sentar no chão. Mas esse relaxamento foi bom, porque ganhei forças pra subir de volta e até me esqueci do "pica-pau-estrupício".
(no app iNaturalist, até que alguém diga o contrário, é uma Cana-de-Macaco (Costus scaber) Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
O Dani subiu na frente tentando ver se achava o dito-cujo. Eu, Klarinha e Nailson fomos bem devagar, quase parando. Eram quase 18 horas e, ao chegar no topo, entrei no carro xingando o "estrupicinho".
Eu dizia: vou matar, depenar ele todinho, cozinhar e fazer espetinho. E o Nailson, na mesma vibe minha, respondia divertido: recomendo usar panela de pressão, uma vez que ele é muito duro, principalmente a cabeça. 🤣🦄🍲🍽🍢😂
A gente ria muito dentro do carro aguardando o Dani voltar. Eu estava pra lá de morta de cansaço, mantendo o bom humor, graças aos queridos amigos.
Nisso escutamos o Dani dizer calmamente: Silvia, desce do carro, que seu pica-pau chegou. Meu coração foi a mil por hora. Só lembro de ouvir a Klarinha pedir pra eu descer com calma para não sair tropeçando e se machucar.
Desci e então... olha o suspense: tcham tcham - o pica-pau ... simplesmente voou longe. Um gavião carijó espantou ele.
Não desistimos. Saímos atrás e então ele me deu uma segunda chance. Mas foi complicado mesmo assim, já escuro, na "cobertura" da floresta. As primeiras fotos foram assim. ISO alto, foco quase zero. Affff!
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Mas depois foi começando a dar certo, o bichinho começou a se alimentar e deu pra fazer fotinha legal. Pica-pau-dourado-de-belém (Piculus paraensis) checked.
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
A gente já podia voltar para casa sossegado. Mas não sem antes comemorar muito esse dia conturbado e inesquecível.
Dia 17/07/2022 - quarta-feira
Missão quase cumprida, a gente ia tentar o apuim-de-costas-azuis (Touit purpuratus) de novo. Combinamos com o amigo Raimundo Carvalho nos encontrar no ponto onde a gente tinha esperança de o pequenino "touit" aparecer, ou seja, no acostamento das fruteiras.
A gatinha da casa, a Shakira, não queria que a gente saísse de jeito nenhum. Ficava nos vigiando o tempo todo. Primeiro deitou em cima do minha bolsinha de carregar água, depois não queria nem me deixar calçar os sapatos e deitou em cima deles. Tadinha. 😹😹😹
Após um café da manhã dos deuses, lá fomos nós todos felizes.
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Enquanto aguardávamos Raimundo e seu amigo Humberto chegarem, deu pra gente fazer um monte de bichinho legal, mas dez a zero pro apuim.
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Das aves que vimos, destaque para o anambé-azul (Cotinga cayana), anambé-de-coroa (Iodopleura isabellae), anambé-de-rabo-branco (Xipholena lamellipennis) e marianinha-de-cabeça-amarela (Pionites leucogaster).
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Depois nós fomos caminhando pela estrada do Gunma e fui fazendo florzinhas e alguns bichinhos, inclusive um macaquinho-de-cheiro. Ops, que flor é essa ao lado das outras flores abaixo? Ah! Tá, é a Fernandinha. 🙃🥰🌹🌻
Fernandinha, Dani e Raimundo Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Depois voltamos pro almoço que, como sempre, estava um capricho só.
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Após o almoço, passarinhamos no quintal com direito a fotão do balança-rabo-de-bico-torto (Glaucis hirsutus)
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Eu passei mais tempo na fofoca com as meninas do que fotografando. Enquanto isso o amigo Raimundo se fartava de registrar espécies novas. E isso porque ele mora no Pará. 😁😁😁
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Mas o legal da foto acima não é o pessoal buscando alguma ave, mas sim a trama da cerca ao fundo, construída sem prego, arames ou qualquer tipo de amarras. Uma obra prima de engenharia. (feita pelo Danielson)
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Minha última noite no Refúgio dos Naturalistas. Nesse dia pedimos pizza para comemorar. Nada mais adequado para essa paulista aqui que adora comer pizza com os amigos.
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Dia 18/07/2022 - quinta-feira
Logo após aquele café de fazer a gente perder a linha, a gente ia sair para ver passarinho. E pensar que d. Lurdes dizia que a gente se demorava pra sair porque não parava de falar e de contar histórias. Mal sabe ela que era só uma desculpa pra gente "merendar" só mais um pouquinho. Veja abaixo se estou falando mentira.
Adoro a culinária paraense, e nas mãos da d. Lurdinha, vira tudo iguaria, da tapioca ao suco de cupuaçu, do cuscuz ao bolo de fubá... quem é que consegue resistir ... 😁🍉🍠🧀🍞🌽🍳🥤☕🍩🍮
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
E lá fomos nós ao Gunma novamente e imediações. Vimos muitos passarinhos legais com destaque para anambé-azul (Cotinga cayana), anambé-de-coroa (Iodopleura isabellae), anambé-branco-de-rabo-preto (Tityra cayana), araçari-de-pescoço-vermelho (Pteroglossus bitorquatus), surucuá-dourado-da-amazônia (Trogon rufus), papa-moscas-uirapuru (Terenotriccus erythrurus) e marianinha-de-cabeça-amarela (Pionites leucogaster).
Por fim vimos no quintal da casa do Dani e Fernanda o araçari-de-bico-branco (Pteroglossus aracari) se alimentando e o rabo-branco-de-bigodes (Phaethornis superciliosus).
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Mas o primeiro presente do dia veio da floresta. Fazer o arapaçu-barrado-do-leste (Dendrocolaptes medius) do jeito que eu queria foi demais. No momento da foto eu pude apreciar seus 50 tons de marrom-enferrujado e o brilho dos seus olhos. Ele realmente fez pose pra gente nesse dia.
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Isso mereceu muita comemoração, principalmente do meu amigo Raimundo que disse que veio me trazer sorte.
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Fechando a manhã com um carinho da amiga Fernanda. E as lágrimas só escorrendo...
Depois do almoço Danielson nos chamou pra ir ao fundo do quintal onde o topetinho-do-brasil-central (Lophornis gouldii) estava dando mole, inclusive com fundo verde. Saímos do jeito que estávamos, e num é que deu foto linda mesmo.
E o momento foi registrado pelo Dani. A gente teve que subir nos troncos porque as formigas não deram trégua para os nossos pés e pernas. E rimos muito quando o tronco do Nailson virou e quase que ele se "estabaca" todo na grama.
Arquivo pessoal: Danielson Aleixo |
Enfim, estava chegando a hora das despedidas. Aproveitei para fazer uma foto de todo mundo junto.
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Estou eu me preparando pra ir pra Belém com Nailson e Anna Klara, eis que meu amigo Raimundo me chama e me dá dois presentes: um mini gravador e a camisa dele que eu tinha dito que era linda. Precisa dizer que eu chorei até me desidratar?
A camisa com cut-out para destacar e o gravador no dia Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Você só vai entender a emoção desses presentes se assistir minha próxima palestra no Avistar Brasil em maio, mas deixarei a tela aqui pra aguçar sua curiosidade.
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Mas calma, falta pouco, aí aproveitando que eu estava desmilinguida, a Fernanda trouxe um presente feito por ela que hoje fica aqui ao meu lado no escritório em casa. A minha foto do topetinho pode não ter resolução pra fazer um quadro, mas não é por falta dele que minha parede vai se descabelar, ou melhor dizendo, se descascar. 😂😂😂
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
E com uma homenagem a esses dois casais fantásticos eu encerro esse post, sem esquecer de dizer que antes de ser deixada no aeroporto, passei na casa da Anna Klara em Belém, conheci sua família e ganhei biscoitos para comer no avião.
Nailson só posso agradecer pelo convite, organização, companhia e por ter me apresentado a Klarinha, o Dani e a Fernandinha. Mil vezes obrigada a todos vocês, por tudo mesmo. Em breve iremos matar as saudades. 😍🐦😍🐦 E viva a sanã-preta.
Às 2:48h do dia 19/07, quando fiz a selfie abaixo, eu já estava dentro do avião, chovia muito forte, e meu voo foi um dos únicos ou o único que não foi cancelado.
Arquivo pessoal: Silvia Faustino Linhares |
Às 2:48h do dia 19/07, quando fiz a selfie abaixo, eu já estava dentro do avião, chovia muito forte, e meu voo foi um dos únicos ou o único que não foi cancelado.
Despedir foi dolorido, sempre é e será, mas quando deixa gostinho de quero mais, aí sim a gente sabe que valeu a pena! 🥰💚🥰💚
O Avistar acontecerá de 19 a 21 de maio, saiba mais clicando aqui.
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Silvia, você é terrível! Adoro ver sua carinha de felicidade!
ResponderExcluirObrigada meu querido. Muito feliz com seu comentário!
ExcluirAdoro ler sobre suas aventuras Sílvia.
ResponderExcluirObrigada, fico muito feliz com esse reconhecimento.
ExcluirÉ muito bom ver um relato como este de passarinhada. A gente viaja junto.
ResponderExcluirQue coisa boa saber que você gostou.
ExcluirMais uma passarinhada fantástica, com muita emoção, lífers, novos amigos e prrengues né. Parabéns minha querida amiga, viajei contigo!!!!
ResponderExcluirObrigadíssima meu querido amigo. Fico muito feliz com esse retorno tão positivo.
ExcluirMuito legal o relato de as aventuras ☺️
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