domingo, 20 de junho de 2021

MG - Ibitipassarinhando em Minas Gerais

águia-serrana (Geranoaetus melanoleucus)
Foto: arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Esse ano está sendo tão difícil ou até mais quanto o ano passado. É muita tensão por todos os lados. Essa pandemia e outras doenças vem levando muitos amigos. É muita dor. É a carga mais pesada que já enfrentei nesse meu pouco mais de meio século de vida. O mundo está estranho. As pessoas estão estranhas. Eu estou estranha.

"A vida é tão efêmera. Esse mês perdi amigos super queridos e essas briguinhas nas redes sociais tornaram-se tão superficiais perante isso" - escrevi isso para uma amiga hoje quando conversávamos sobre pessoas e atitudes. Sim, eu venho me sentindo atropelada com tantas coisas acontecendo simultaneamente. Exercer a tolerância e por rédeas na própria implicância está cada dia mais difícil.

A vida tornou-se um "jogo" cada vez mais veloz e estonteante, por isso tento me desapegar cada vez mais. Sofro menos quando diminuo minhas expectativas. Sou daquelas que gosta de jogar conversa fora enquanto toma um café, de visitar amigos, de abraçar, de dançar, de ensinar o pouco do que aprendi, de preferência não por vídeo (é o que temos nessa época pandêmica). Resumindo, gosto de ver a vida passar lentamente, aproveitando e saboreando cada minuto. E isso está bem difícil nesses tempos.

Não me encaixo na rapidez da "geração Instagram" (OBS: tenho perfil no IG desde 2010, mas não gosto do rumo que essa rede social tomou - coisas de Silvia 😂😂😂😂). Essa geração a quem me refiro quer tudo na velocidade deles. Te seguem de manhã e se percebem que você não os seguiu, já te desseguem à tarde. É muito vazio, muito pobre. Será que dar dois cliques numa imagem tornou-se sinônimo de gosto de você, me importo com você? Que coisa mais infeliz um mundo em que mais curtidas e seguidores são mais importantes que cuidar bem das pessoas, do planeta e da natureza.  

Silvia, o que é isso? É um post sobre viagem ou sobre a vida? Bom, eu não consigo dissociar uma coisa da outra. Por enquanto sou só mais uma sobrevivente nesta "guerra" contra um inimigo invisível: a COVID19.