quarta-feira, 14 de novembro de 2018

MS - Serra do Amolar e a I Expedição a bordo do Lord do Pantanal

Apesar da demora, consegui concluir mais uma postagem recheada de emoção do começo ao fim. Tudo começou no dia 18 de maio de 2018 (fica tranquilo eu vou pular alguns meses kkkkkk). Era uma manhã de sexta-feira bem tranquila. Saí com os amigos para ir ao "AVISTAR  Brasil" no Instituto Butantã.

Assim que cheguei, o biólogo e passarinheiro, até então apenas amigo virtual, Thomaz Lipparelli, me pegou pela mão, me levou até o estande do Instituto Serra do Amolar e mostrou um folder, em seguida mostrou um vídeo contendo as belezas da desconhecida e secreta Serra do Amolar.

Tuiuiú (Jabiru mycteria) - ave símbolo do Pantanal - Foto by Silvia Linhares

Capa do folder oficial


Eu e Thomaz Lipparelli no "Avistar 2018"

E ali mesmo ele e o amigo Marcelo Calazans me fizeram um convite irrecusável: fazer parte da primeira turma que navegaria vários dias a bordo do recém inaugurado barco-hotel Lord do Pantanal, intitulada I EXPEDIÇÃO FOTOGRÁFICA SERRA DO AMOLAR.

Eu e Marcelo Calazans no "Avistar 2018"

Lord do Pantanal (foto do site oficial)

Alguns amigos vieram conhecer o pacote e após uma avaliação resolveram ir também. Até então eu conhecia pessoalmente bem poucas pessoas que participariam da I Expedição: a minha parça de passarinhada Viviane de Luccia e o esposo Nelson, a Lis Leão e o esposo Plínio Andrade (esse eu ainda não conhecia pessoalmente), a Cristina Rappa que ia com uma amiga, a Maria Luiza Pedrosa, a Susana Coppede e o marido Wagner Coppede e, lógico, o Marcelo e o Thomaz.

Eu entrei em contato com o 'Vitinho do Nascimento', competente guia de aves no MS (falarei dele no post seguinte a este). Minha ideia era que ele me acompanhasse durante esta Expedição, que não contava com guia oficial. Eu também queria passarinhar em terra firme com ele assim que chegasse da Expedição. Nesse meio tempo recebi um convite para palestrar no "Avistar Campo Grande", que seria realizado no fim de semana que eu voltaria da Expedição. Com a ajuda da Daiani Scapini, esposa do Vitinho, eu consegui ajeitar todos esses acontecimentos, ficando com minha multi-expedição assim planejada:

13/11 - Chegada em Campo Grande - pernoite com a turma da Expedição no Hotel Vale Verde
14/11 a 19/11 - Expedição a bordo do Lord do Pantanal
20/11 a 23/11 - Passarinhar por Miranda e arredores
23/11 a 25/11 - "Avistar Campo Grande"
25/11 a 28/11 - Passarinhar por Bonito e região
29/11 - Retorno a São Paulo

Só por essa agenda, você já pode imaginar o tanto de aventura que tenho pra contar. Fiz algumas grandes viagens no intervalo do "Avistar Brasil" até alguns dias que antecederam essa grande tour. Confesso que cheguei no final do ano bastante cansada e resolver problemas de logística de última hora não é nada que eu goste de fazer. A maioria a Daiani resolveu pra mim, exceto ter que alugar carro e resolver onde se hospedar durante o "Avistar Campo Grande". Quanto a esse último, a Simone Mamede me deu ótimas dicas. (Falarei sobre o evento no próximo post.)


Fui surpreendida nos dias que antecederam o meu embarque com a notícia de que o Vitinho não poderia mais me acompanhar à Serra do Amolar em vista de emergências profissionais. Nessas horas, você fica em cólicas, mas sabe que tem que relaxar e buscar solução, mesmo quando não há muito o que fazer. O Thomaz disse para eu me tranquilizar que o Marcelo Calazans iria ser o meu partner (depois explico isso direitinho) e que ele conhecia bem os locais e as aves de lá.

Eu tinha uma lista "absurda", com um total de apenas 17 lifers (espécie de ave nunca avistada) para fazer em todo o Estado do Mato Grosso do Sul. Alguns com sazonalidade específica ou com aparição ocasional ou incidental, sobrando menos de sete ou oito possíveis. E dois desses lifers eram apenas encontráveis na região de Corumbá e proximidades. E caso eu não os fizesse durante a expedição teria que retornar à região com Vitinho, por terra, para tentar, perdendo um tempo precioso.

Mas vamos aos acontecimentos. Uns quinze dias antes da viagem, a diretora financeira da Lord do Pantanal Turismo Ltda, Juliana Souto Mayor, enviou instruções sobre nossa expedição.

Aproveito aqui para falar um pouco da Serra do Amolar (texto pesquisado no Google). Trata-se de uma cadeia montanhosa em meio à maior planície alagada do mundo. Amolar (chamado também de Pantanal Profundo em referência à região possuir três grandes lagoas) é um distrito do município brasileiro de Corumbá/MS. A região é uma das mais misteriosas do Pantanal, sendo considerada distante e secreta.

Rio Paraguai - Foto by Silvia Faustino Linhares

Está situada entre Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e a fronteira com a Bolívia. A região é de geografia peculiar, possuindo montanhas, rios e campos alagados durante o ano inteiro. É um local de difícil sobrevivência para o homem, que precisa aprender a conviver com a água, desde o transporte no dia a dia até a subsistência propriamente dita.

Fotos by Silvia Faustino Linhares

A sua geografia ímpar e seu isolamento não são encontrados em nenhuma outra região. Outra ocorrência a ser destacada é que a região acabou confinando ao longo dos tempos os índios Guatós (chamados também de argonautas), que aprenderam a manusear canoas para poder sobreviver. (Há um vídeo muito bacana sobre o assunto feito pela Globo que pode ser visto neste link)

As montanhas, de certa forma, ajudam a represar a água, originando a formação de duas grandes baías - Baía Infinita e Baía do Burro - e três grandes Lagoas da região - Lagoa Mandioré, Lagoa Gaíva e a maior delas, a Lagoa Uberaba.

Foto gentilmente cedida para uso no Bloguinho pelo amigo Luiz Felipe Pereira Mendes

Foto gentilmente cedida para uso no Bloguinho pelo amigo Luiz Felipe Pereira Mendes

Além dos expedicionários, junto do grupo estavam o próprio Thomaz, o Marcelo Calazans, o Bruno Paiva, o Thiago Rossa, responsável pelas imagens da expedição, principalmente com o drone e o Sr. Armando Lacerda,  pecuarista e e-x proprietário do Porto São Pedro, todos de alguma forma ligados ao Instituto Serra do Amolar e ao Lord do Pantanal. A equipe do Terra da Gente se juntou à gente em alguns momentos. Além deles, quase 30 tripulantes fechavam a totalidade da nossa Expedição.

De acordo com a lista enviada pela Juliana Souto Mayor

Expedicionários: Eu (Silvia Linhares), Noeli Ribeiro, Maria José, Wagner Coppede, Suzana Coppede, Maria Celina Azevedo, Joao Paulo Junqueira A. T. Silva, Marcelo Faustino, Manuela Prey Pereira Nunes, Lillian Greco, Renata Hajjar, Ralph Hatt, Cristina Hatt, Juliana Souza, Tania Stoffa, Franklin Junqueira, Laura Ferreira Leite de Lima, Janete Lopes Sanches, Diva Staciarini, Joao Alberto Perreli, Maria Trindade Perreli, Publio Penna Firme, Silvia Maria Botacini, Nelson e Viviane De Luccia, Lis Leão, Plinio de Andrade, Cristina Rappa, Maria Luiza Machado Pedroza e Edna Demarcchi.

Instituto Serra do Amolar: Thomaz Liparelli, Marcelo Calazans, Marivaldo, Junior Simei e Luiz Felipe Nimer

Lord do Pantanal: Bruno Paiva, Juliana Souto Mayor, Jaime Santana Fernandes Duran,  Regis Cebalio Monteiro,  Devino Ramão Vilalva, Breno Ivan, Paulo Cesar, Ramão Silva Mendes, Álvaro Mattos, Jeferson Castello Paes, Sandro Godoy Rodrigues, Lauro Aparecido Silva Amorim, Alex Braga da Silva, Wilson Pilar, Deonaldo Lima Soares, Ary Guilherme de Albuquerque, Jorge Nilson Amorim Cintra, Joao Paulo, Lima, Ricardo, Marquinhos, Valmir, Gia, Zé, Leonardo, Rafael, Dodô, Rogerio, Marcio, Zico Delmão

Mas vamos ao que interessa e mostrar um pouco como foi a expedição. Ah! E ao final de cada relato diário tem a lista que publico no site e-Bird, contendo as aves que avistei e fotografei no dia.

13/11/2018 - terça-feira

Saí toda faceira para o aeroporto de Congonhas, mal me aguentando de ansiedade. Dizem que quando a ansiedade foi distribuída, eu entrei três vezes na fila. kkkkkkkkk.

Fazia tempo que eu não saia para fotografar com um grupos tão grande, embora eu soubesse que quase sempre era uma boa experiência, não fazia ideia do tipo de pessoas que iria encontrar. E posso antecipar o final dessa. Não foi somente boa, foi extremamente boa. Foi excelente. Criamos um grupo no what's up com a finalidade de trocar informações e dicas e dessa forma iniciou-se o nosso relacionamento interpessoal que perdura até os dias de hoje. 

Eu, as malas e a chegada em Campo Grande/MS

A Cristina Rappa e a Maria Luiza Pedrosa estavam no mesmo voo que eu. O Thomaz fez a gentileza de nos buscar no aeroporto e deixar a gente no Hotel Vale Verde. Ainda no aeroporto fotografamos alguns "tuiuiús", a ave símbolo do Pantanal. rs rs rs 

Thomaz, eu, Maria Luiza e Cris - Foto by Thomaz Lipparelli

Já no hotel, não demorou muito, eu desci pra tomar uma geladinha. Logo as amigas Lis, Cris e Maria Luiza se juntaram.

Lis, Maria Luiza, Cris e eu - tim-tim

Alguns problemas de voo fizeram com que alguns dos nossos colegas de expedição só conseguissem desembarcar em Corumbá, ficando de encontrar com a gente por lá.

À noite fomos à Villa da Pizza confraternizar. Combinamos que logo após o café da manhã, às 7 horas, o ônibus fretado partiria em direção à Corumbá. Nessa noite pude fazer novos amigos que estariam também a bordo do Lord.

Villa da Pizza

14/11/2018 - quarta-feira

Estava previsto de Campo Grande a Corumbá uma viagem de aproximadamente seis horas, mais ou menos 430 Km por estrada asfaltada. Durante o percurso faríamos algumas paradas.

Expedicionários preparando pra entrar no ônibus

Thomaz passando instruções sobre a viagem

Eu já a postos esperando a primeira parada

A primeira foi para o almoço ou melhor um rápido lanche em Miranda a 209 Km de Campo Grande, onde comprei duas camisetinhas muito frescas e com a cara do Pantanal. Uma mais linda que a outra.
 

Por volta de meio dia fizemos uma parada na folclórica "Dona Maria" que alimenta alguns répteis na BR 262. Confesso que não curti muito não. Havia um ou dois jacarés obesos e apáticos, que mal saiam do lugar para apanhar a comida que ela atirava a eles. Enfim, quem nunca viu um jacaré de perto (o que não é o meu caso) se deliciou. Faz parte do show. Ainda consegui clicar algumas aves ao redor.

Fotos by Silvia Linhares

aves clicadas durante a visita ao local - Fotos by Silvia Linhares

A terceira parada foi a melhor de todas, nessas alturas já tinha conhecido quase todo mundo a bordo do ônibus. A ideia era registrar um ninho de Tuiuiús às margens da Rodovia BR 262. Nunca fiz tanta foto bonita de tuiuiú. Um filhotão tentava dar seus primeiros voos e seu pai o observava. Foi liiiiiindooooooo! Acho que fiz bem mais de 500 fotos nesses minutos da parada. O ipê-roxo ou piúva, por abrigar o ninho da ave símbolo do Pantanal, teve decretado, por lei, imunidade de corte. Ah! Se toda árvore que tem ninho tivesse decretada sua imunidade de corte.
 
ninho do tuiuiús - Fotos by Silvia Linhares

Em seguida partimos em direção ao porto. Um grande e imponente navio, batizado de Lord do Pantanal nos aguardava (http://www.lorddopantanal.com.br). Ele tem capacidade para receber até 32 passageiros, uma vez que conta com 15 suítes para duas ou mais pessoas. Possui caixa séptica com sistema de tratamento e água potável em todas as repartições da embarcação, tudo para garantir o conforto e saúde de todos a bordo, e claro, preservar o meio ambiente. Conta com uma ampla sala de TV, DVD e som. Possui um deck panorâmico com churrasqueira, piscina e ducha. A equipe de bordo é muito bem preparada e carismática. O cardápio é preparado com base na cozinha pantaneira típica. 

Fotos obtidas no site oficial http://www.lorddopantanal.com.br
As bebidas são liberadas, mas não pense que é qualquer bebida. Pensa nuns drinques bonitos e gostosos que os meninos da cozinha sabiam preparar (Márcio, Ary e Erivelto). Até abdiquei da cerveja geladinha em alguns momentos pra experimentar alguns desses.

...o sol se pondo no horizonte e um belo drinque me aguardando na beira da piscina...pra que mais?

Assim que chegamos e embarcamos, fomos recepcionados com um delicioso churrasco. Nossas malas foram levadas para as respectivas suítes. No deck, Thomaz nos esperava para um briefing explicando como seria nossa expedição. Os passageiros foram divididos em duplas, cada qual com um guia/piloteiro. Barcos de duralumínio de 06 mts, com motores de 40 HP e confortáveis cadeiras giratórias, seriam colocados à disposição para os passeios diários, que incluía desde busca de aves, mamíferos, até flutuação. Veja como são eles nas fotos abaixo.

Aqui, dupla a Cris e Maria Luiza e o seu piloteiro Naldo

Gia, Marcelo e eu 

No meu caso, como eu já disse, meu partner era o Marcelo Calazans e o nosso piloteiro, o Gia. Recebemos também um kit personalizado, com camiseta e boné.

Exibindo o novo boné

O primeiro brinde a bordo do Lord



Eu na borda da piscina dentro do Lord by Viviane de Luccia

No final do dia, descobri que minha companheira de quarto era a simpática mergulhadora Edna Demarcchi. Navegamos a noite toda e confesso nem ter percebido o grande Lord sair do lugar e se movimentar.

O entardecer navegando no rio Paraguai é qualquer coisa surreal. Você viaja duas vezes, uma pelo rio e outra pelo pensamento...

Eu e minha "parça" de passarinhar Viviane de Luccia

Fim de tarde a bordo do Lord - Fotos by Silvia Linhares

Sr. Lacerda e eu (esse tom alaranjado é do por-do-sol)

Algumas aves fotografadas durante o dia, inclusive o ninho dos tuiuiús, listadas no e-Bird


15/11/2018 - quinta-feira

Acordei cedo para ver o dia clarear e o sol nascer. Logo após o delicioso café da manhã, eu, Marcelo e o nosso piloteiro Gia partimos explorar as margens do Rio Paraguai. Logo os pássaros começaram a se alvoroçar e deram show. 

O destaque ficou por conta da elegante garça-moura (Ardea cocoi), do belo gavião-belo (Busarellus nigricollis), da exótica subespécie de maitaca (Pionus maximiliani siy) com seu largo anel perioftálmico branco, da resplandecente biguatinga (Anhinga anhinga) e de um casal de freirinha (Arundinicola leucocephala) bem fotogênicos, entre outros. 

Fotos by Silvia Linhares

Foram muitos os avistamentos e em todos o Gia aproximava a voadeira (nosso pequeno barquinho) de forma bem tranquila de modo a podermos fazer belas fotos. Adentramos diversos corixos *, cuja perícia e memória do nosso piloteiro foi de tirar o chapéu, porque eu me perderia com certeza. kkkkkkk 

*Os corixos são canais que ligam as águas de baías, lagoas, alagados etc. com os rios próximos.

No flagra com o celular kkkkkkk mas é só pra clicar paisagem, nem pegava aqui! Off line total...kkkkkkkkk

Eu, Marcelo e Gia

E os corixos bombando... Wagner e Susana Coppede 

... olha a galera clicando passarinho por onde passava...

Nossa dupla não teve a sorte de encontrar a onça pintada, mas outras duplas sim. O que virou uma grande festa a bordo nos dias subsequentes.

A onça que a Lis Leão avistou e fotografou num dos dias. 

A onça que "encarou" a Susana e o Wagner Coppede na beira do rio enquanto eles faziam um close-up da "criatura".

Também podíamos avistar ariranhas, iguanas, capivaras, borboletas e muitos jacarés.

Fotos by Silvia Linhares

Pude clicar os grandes répteis bem de perto, inclusive realizando um sonho: refletir minha imagem (mesmo que vagamente) num dos olhos do bicho. E deu até pra fazer selfie com ele. kkkkkkkkk

Dá pra ver até minha câmera apontando pra ele.

Olha ele ali, ó ...pena que não deu pra chegar pertinho mesmo...

Cliquei muito a vida dos ribeirinhos. É um grande aprendizado para nós que vivemos na cidade grande. Aproveitei para dar andamento à minha antiga ideia de produzir fotos para um livro sobre Varais do Mundo, clicando roupas secando ao vento. Além de flores, muitas flores, que eu adoro.

Fotos by Silvia Linhares

Fotos by Silvia Linhares

Convém ressaltar que os piloteiros do Lord receberam um leve treinamento sobre a observação de aves, apenas noções, mas tenho certeza que com o tempo eles vão pegar o jeito e se tornar especialistas no assunto, principalmente aqueles que mais se interessarem. Algumas coisas eu tentei passar para eles com a minha experiência, tipo contraluz, nesse caso só vale se aproximar de uma ave nessa situação se o cliente insistir, mas nunca deve deixar de apontá-la.

Expliquei que o ideal é posicionar o barco com a sol nas costas para que possamos ter o bicho com luz o mais favorável possível para a foto. Acredito que vão saber até diferenciar as espécies. Olhos treinados eles possuem, pelo menos o Gia sim. Avistava de longe uma ave, mas ainda não sabia diferenciar as mais importantes para um observador experiente como eu e o Marcelo. Leva tempo, mas vão alcançar isso em algum momento.

Retornamos ao Lord por volta meio dia, um merecido descanso, com ar condicionado, era tudo o que eu queria, porque o calor não estava para brincadeira. Um caprichado almoço, preparado pelo chefe Ramão, foi servido e em seguida saímos de novo perambular pelos meandros do belo e sinuoso Rio Paraguai.

O Lord atracado nos aguardando pro almoço...

Eu e Lis

Lis, eu, Nelson e Viviane

Fizemos uma parada em uma propriedade particular chamada Fazenda Bonfim, onde aproveitamos para fotografar alguns bichos bem legais.

Fotos by Silvia Linhares

O calor estava insuportável e os mosquitos estavam adorando pele e sangue novos no pedaço. Eram nuvens e mais nuvens deles. Haja repelente! kkkkkkkkkkk

Ao cair da tarde chegamos à Base São Pedro, sede do Instituto Serra do Amolar. Logo que aportamos, demos uma volta e o Marcelo nos mostrou os arredores.

Também nos apresentou a Piririta (anú-branco em tupi-guarani, salvo engano). A ave parecia um animalzinho de estimação. Ficava se acercando do Marcelo em busca de comida, feito um cachorrinho, só faltava latir. kkkkkkk

A Piririta e alguns bichinhos ao redor - Fotos by Silvia Linhares

Logo em seguida, o Thomaz reuniu todos nós, apresentou as pessoas por trás do Instituto do qual ele é diretor técnico e entregou uma placa homenageando o responsável por aquelas terras serem preservadas até hoje, o Sr. Armando Lacerda, que doravante passou a ser intitulado Embaixador do Instituto Serra do Amolar.

Em seguida ele disse que havia uma mulher especial, blá blá blá, que seria a partir de então nomeada a Embaixadora do Instituto. Eu imaginei que seria uma das esposas dos sócios do Thomaz que ali estavam. Só que não, de repente ele se virou para mim e anunciou meu nome, eu fiquei paralisada, sem acreditar. Lágrimas começaram a descer pelos meus olhos e, em meio a muitos abraços, fui agraciada com uma linda placa que hoje enfeita meu escritório. E pensar que eu nem estava produzida para uma ocasião tão especial como esta kkkkkkkkkkkkkk - olha só meus cabelos e a calça que mais parece um pijama - que vergonha!!!! (Ah! Fazer o que né? Nem tinha salão de beleza no Lord kkkkkkkkk)


O momento da entrega da placa feita pelo Sr. Lacerda (fotos feitas pelos amigos)

Fotos feitas por Noeli Ribeiro

A placa com meu nome

Essa ideia de realizar passeios turísticos com fotógrafos, mergulhadores e/ou passarinheiros, ou seja, todos admiradores da natureza, em período em que a pesca no rio Paraguai fica suspensa (defeso), foi uma "jogada de mestre". O local por si só é deslumbrante. Dispensa comentários. Basta olhar as fotos. É preciso muitas ações desse tipo para ajudar na conservação daquele santuário.

Só estando lá para sentir a emoção que aquele lugar coloca dentro do nosso coração. A Serra do Amolar possui alma. Ela transcende tudo o que eu já conheci nesse mundão. Ela sussurra ao teu ouvido como um amante apaixonado. Ela fala ao coração com amor e poesia. Ela te recebe, abraça, te protege, te intimida e te faz respeitá-la. Para representar o que escrevi escolhi essa foto onde o casal Lis e Plínio observam o cair da tarde.

Plínio e Lis - Foto by Silvia Linhares

Além do mais, a cada aproximação com cada pessoa no barco eu me sentia recebendo um novo presente. Eu parecia criança frente a tantos presentes (leia-se amigos novos). Eu ficaria horas aqui escrevendo e falando de um por um o que achei deles, mas é tanta gente que não ia ter fim.

Continuando, eu, Viviane e Lis exploramos os arredores da Base, no entanto ao cair a tarde, quando a noite começa a se anunciar, a gente ficou entregue a "trucentos" mosquitos que se aproveitaram da gente. Embora o papo estivesse delicioso, resolvemos retornar ao conforto do barco, onde deliciosos drinques nos esperavam. Ainnnn, esses drinques!!!!!

Fotos by Silvia Linhares


Tivemos um jantar pantaneiro da melhor qualidade. Dormi feito criança bobona, que passa o dia inteiro no playground e à noite desmaia na cama.

Novos desafios me aguardavam no dia seguinte, então era melhor descansar bem.

e-Bird Corumbá - Rio Paraguai, Mato Grosso do Sul, BR - manhã 
e-Bird Corumbá - Rio Paraguai, Mato Grosso do Sul, BR - tarde 

16/11/2018 - sexta-feira

Madrugamos, "pero no mucho", porque a luz demorava a chegar e iluminar as margens do rio, conforme mostrou a experiência no dia anterior. Mais uma vez eu e Marcelo decidimos explorar os corixos. Era dia de buscar meu lifer: a choca-da-bolívia (Thamnophilus sticturus). O dia estava bonito, embora continuasse muito quente e abafado.

Fotos by Silvia Linhares

Mas sem desprezar nenhuma ave pelo caminho, fui fotografando tudo que encontrava, até formiga.

Fotos by Silvia Linhares

Em quatro pontos tivemos a alegria de encontrar a choca, alegria que durou pouco, porque ela estava muito arrogante. Vocalizava, mas não saia de jeito nenhum do mato para possibilitar sequer uma única fotinho. O jeito foi ficar fazendo outros bichinhos. Xô, sua "choca-cinza-sem-graça-e-xexelenta". Tem bicho bem mais colorido e bonito que você, tá, tchau, fui!!!  (desabafo de uma passarinheira frustrada kkkkkkkk)

Fotos by Silvia Linhares

Fotos by Silvia Linhares

Não teve choca-da-bolívia, mas teve passarinho nas terras da Bolívia. A gente foi até o marco divisório dos dois países, achamos um ferreirinho-relógio (Todirostrum cinereum coloreum) e dessa forma pude conquistar a bandeirinha da Bolívia para o meu colete fotográfico de países.

E teve selfie com estilo...e ferreirinho todo faceiro.

Voltamos ao Lord onde o almoço estava quase pronto e um drinque delicioso estava sendo servido.
Teve mesa arrumada com capricho sem igual e o Ary fez um drinque especial pra mim... regime? só de engorda kkkkk


Fotos by Silvia Linhares

Após os descansos de praxe, saímos de novo tentar achar a bandida da choca, mas nada. Mais foto bonita e pronto. O jeito seria descansar bem à noite e tentar de novo no dia seguinte.

Fotos by Silvia Linhares

e-Bird Serra do Amolar 1, Mato Grosso do Sul, BR 
e-Bird Bolívia - Rio Paraguai, Santa Cruz, BO
e-Bird Serra do Amolar 2, Mato Grosso do Sul, BR
e-Bird Serra do Amolar 3, Mato Grosso do Sul, BR 

17/11/2018 - sábado

Acordamos e fomos todos para a RPPN Engenheiro Eliezer Batista, que faz parte de um conjunto de áreas protegidas, chamado de Rede de Proteção e Conservação da Serra do Amolar. É um projeto que existe há 10 anos, sob gestão do Instituto Homem Pantaneiro, com o objetivo de aumentar a proteção da biodiversidade do Pantanal, conectados com o Parque Nacional do Pantanal Matogrossense. Veja mais no link: http://www.institutohomempantaneiro.org.br/rpcsa
"Parágrafo editado"

Havia várias trilhas. Uma delas no nível do rio, outras com possibilidade de subir a serra. A luz estava divina e pedia uma fotinha do grupo antes de mais nada.


O amanhecer ...


Havia trilhas na parte baixa e outras que subiam a serra. Uma das trilhas levava até um mirante. Envoltos em nuvens de mosquitos (nunca vi tantos), seguimos pela trilha baixa, aliás muito bonita. Em alguns pontos o Marcelo parava e "chamava" a choca-da-bolívia.



Na caminho vimos um lindo jaó (Crypturellus undulatus). O calor estava insuportável, dava pra sentir no ar o prenúncio de tempestade se aproximando, fator que por si só parece afetar o comportamento das aves, fazendo com que elas se escondam na mata. Acho que tem a ver com a tal convecção convectiva que mencionei no post de Carajás. Poucas fotos, poucas aves, mas faltava um lifer pra poder comemorar.

Fotos by Silvia Linhares

Seguimos em frente e em determinado ponto, a choca finalmente respondeu. Mas ela não veio na borda da trilha, nos forçando a entrar mato adentro. Lá pelas tantas eu vi a bichinha, mesmo na contraluz, eu consegui uma fotinha razoável. Sempre digo, lifer é lifer. Tá valendo.

choca-da-bolívia (Thamnophilus sticturus)

Selfie feita pelo Thomaz logo após eu clicar a choca

Quinze minutos depois, o Marcelo deu o alarme. Meu segundo lifer estava vocalizando bem próximo. Quer dizer, em se tratando de aves, bem próximo é relativo rs rs rs

Procura de cá, procura de lá, eis que um bandinho de tiriba-de-cauda-vermelha (Pyrrhura molinae), antiga Tiriba-de-cara-suja, pousa a poucos metros da gente. Apesar de muito no alto, na contraluz e com muita dificuldade, conseguimos registrá-las.

by Thomaz Lipparelli

tiriba-de-cauda-vermelha (Pyrrhura molinae) - Fotos by Silvia Linhares

Depois do almoço, bora pras trilhas de novo, a ideia era subir o morro para desfrutar da paisagem lá do alto. Não é muito meu feitio fazer isso por conta dos meus joelhos, que sentem muito o esforço em aclives ou declives acentuados.

Tem que ter um motivo muito forte para eu encarar, como foi a choca-do-acre. Não sei por quais motivos, eu resolvi subir. Não foi uma caminhada prazerosa, pelo menos para mim, ainda mais com mosquitos pactuados com o capeta, um calor infernal e "nadica" de aves. Eu fui, mas nem subi nas pedras onde se avistava a paisagem lá de cima, depois me arrependi. Quem chegou ao topo deve ter muito a contar. A vista deve ser deslumbrante lá de cima. Só sei dizer que, depois que desci, tomei um banho, uma cervejinha gelada, a vista ao entardecer de dentro do barco me pareceu a coisa mais divina do mundo.

O entardecer...

Foi realmente um alívio quando voltei ao barco, pude tomar um belo banho, uma cerveja gelada e me preparar para assistir o workshop sobre fotografia ministrado pelo Marcelo Calazans. Aliás, as dicas que ele deu foram incríveis. Ele saca muito de fotografia.

Eu e Marcelo comemorando a choca-xexelenta kkkkkkk

e-Bird Nova Dourados, Mato Grosso do Sul, BR 

18/11/2018 - domingo

Nesse dia, acordamos no mesmo "bat-horário" e, após o café da manhã, eu e Marcelo fomos passarinhar ao redor da sede da Base São Pedro. A equipe de TV do programa Terra da Gente nos acompanhou, produzindo algumas imagens da gente passarinhando. Nesse dia lembro que o Marcelo trouxe o chororó-do-pantanal (Cercomacra melanaria) bem pertinho e deu fotão. Esse bicho é difícil e tem história na minha vida. Passei muito sufoco para conseguir uma foto mais ou menos da espécie e agora eu tinha uma boa foto.

Ao redor da Sede havia muitos "Sporophilas" ou papa-capins como são conhecidos popularmente alguns passarinhos do gênero.

Da esquerda para a direita: Rogério Conti, Paulo Augusto e José Ferreira 
Equipe do Programa Terra da Gente (by Marcelo Calazans)

Fotos by Silvia Linhares

Após esse passeio retornei ao barco e fomos resfriar o corpo e a mente.


De repente a dupla Viviane/Nelson volta ao barco e diz que havia um lifer para mim numa prainha, um bichinho chamado pisa-na'água. Eu, Marcelo e Gia fomos até lá conferir. Realmente o bichinho estava na praia, conforme dito por eles, clicamos até dizer chega, apesar dele não permitir a aproximação.

Quando fui verificar a espécie, na verdade tratava-se de uma muito similar, o maçarico-pintado (Actitis macularius), que eu já tinha registrado em vários pontos do Brasil. Mas vai que...

Fotos by Silvia Linhares

Eu voltei precisando baixar a adrenalina, então me juntei à turminha na piscina. Lá tomamos várias cervejinhas geladas enquanto papo vai, papo vem. Mas mesmo com a mente um "tantico balançando" por conta da cerveja, passarinheiro que é bom, exerga passarinho em qualquer lugar. (segue a setinha vermelha na foto abaixo - feita com celular kkkkkkkkkkkk)

No alto, Diva divando, Taninha e eu, à esquerda um bem-te-vi curioso, à direita, eu me refrescando por dentro e por fora.

Ainda estava sob o efeito do sol, da piscina e do almoço super gostoso, sentindo meu corpo totalmente entregue à preguiça, falei pro meu parça, o Marcelo, que ia dormir durante a tarde e se eu acordasse disposta a gente dava uma circulada de barco. Nem precisei me dar ao trabalho. Caiu um "baita toró", que me fez ficar dormindo a tarde toda.

À noite eu fiz uma pequena apresentação da palestra que eu havia preparado para o "Avistar Campo Grande" no fim de semana seguinte. Fiquei muito feliz porque a turma gostou, inclusive os não passarinheiros.

Fui dormir depois de muita conversa jogada fora e de apresentarmos o resultado do concurso de fotografia, do qual participei como jurada junto com o Marcelo. Foi a primeira vez para mim. Eu tenho dificuldade até pra escolher minhas fotos, imagina as dos outros. Confesso que foi uma tarefa bem difícil, pois as fotos inscritas estavam bonitas demais. Cada uma que eu olhava dizia: essa! Aí vinha outra e, pronto, essa. Ô dúvida cruel. Eu e Marcelo tentamos observar um pouco da técnica fotográfica e não só se deixar levar pela emoção ou primeiro impacto e eis abaixo o resultado.

RELAÇÃO DE GANHADORES DO CONCURSO FOTOGRÁFICO SERRA DO AMOLAR - 2018

PRIMEIRA EXPEDIÇÃO – 14 a 19/11/2018

A) CATEGORIA - ANIMAIS DA SERRA DO AMOLAR

1º. Colocado - RENATA HAJJAR


2º. Colocado - PLINIO DE ANDRADE SILVA


3º. Colocado – TANIA STOFFA


B) CATEGORIA - PAISAGENS DA SERRA DO AMOLAR

1º. Colocado - RALPH HATT


2º. Colocado - VIVIANE PAES DE LUCIA


3º. Colocado – CELINA AZEVEDO


C) CATEGORIA – PESSOAS E NATUREZA DA SERRA DO AMOLAR

1º. Colocado – CRISTINA RAPPA


2º. Colocado – LIS LEÃO



3º. Colocado – WAGNER COPPEDE


e-Bird Fazenda Porto São Pedro, Mato Grosso do Sul, BR

Assista a seguir um delicioso vídeo feito pelo expedicionário e amigo Marcelo Faustino (a quem apelidei de primo pela coincidência do sobrenome).


    

19/11/2018 - segunda-feira

Na noite de 18 para 19, o Lord, majestosamente deslizando pelas sinuosas curvas do rio Paraguai, foi surpreendido por um temporal que não deu lhe deu trégua, sendo obrigado a "estacionar" (acho que se diz atracar) em local seguro por determinação da Marinha.

Porém tudo transcorreu tranquilo e em seguida ele foi liberado. Logo pela manhã, ainda navegando, pouco antes de chegarmos, Diva, literalmente nossa diva, pois era a mulher mais elegante e chique do navio, fez um discurso de despedida, com toda tripulação presente, entregando ao Capitão um presente para eles em nome de todos nós. Foi um momento de muita emoção.



A foto das meninas (faltam algumas)

A foto dos rapazes 

Chegamos ao porto e nossas malas foram colocadas no ônibus que nos levaria de volta à Campo Grande.

Pensa que as emoções pararam por aí? Devido às fortes chuvas noturnas que também assolaram Corumbá, o ônibus não teve forças para subir uma enorme ladeira de terra. Acho que a gente comeu demais a bordo do Lord e o ônibus sentiu nosso peso (brincadeirinha).

Falando sério, ele começou a derrapar numa curva e não subia de jeito nenhum, patinando muito. Descemos dele e subimos a ladeira a pé, enquanto um trator tratou de puxar o mesmo até o ponto onde estávamos esperando. Foi uma festa quando ele chegou onde estávamos, pois até o trator teve dificuldades para subir.


Retornamos e alguns foram direto para o aeroporto, voltando para suas casas no mesmo dia, outros, como eu, foram para o hotel se instalar, se "embonitar" e sair pra curtir a noite campograndense.

Eu me encontrei com o Vitinho e juntos fomos para o jantar de despedida da galera expedicionária remanescente na La Gôndola Pizzaria.


E assim terminou a primeira parte dessa minha multi-expedição, cujas emoções vão continuar no próximo post.

Abaixo vou listar as respostas à pergunta que fiz aos amigos: qual a maior emoção que cada um vivenciou durante a expedição:

Plínio Andrade: "Foi navegar por lugares de beleza indescritível, contemplando as vitórias-régias ou quando em águas cristalinas em meio a uma paisagem muito peculiar pudemos observar a maravilhosa águia pescadora naquele cenário."

Lis Leão: "Aí amiga, agora eu, não tem como, vou ter que falar da onça. Para mim, encontrar esse bicho é algo sempre muito especial. Ela me traz força, me inspira por sua integridade. Quando o olhar dela cruzou com o meu através da minha lente, foi um momento mágico! Um momento de encontro, daqueles que a gente não esquece por toda a vida."

Ralph Hatt: "A maior emoção da viagem para mim foi ser premiado no concurso de foto. Não esperava um primeiro lugar."

Susana e Wagner Coppede: "A nossa maior emoção foi encarar a cerca de 3 metros o maior felino das Américas."

Silvia Linhares: Eu podia dizer que foram os dois lifers. Bom essa é a resposta que todo mundo esperaria de uma birder que tem mais de 1500 espécies registradas. Até que foi bem emocionante. Mas essa não é a minha resposta. Não mesmo, quem me conhece bem, quem conhece minha história de vida, sabe que tem uma coisa que pra mim é muito mais importante que qualquer coisa: A AMIZADE, tanto que meu último post aqui no Bloguinho eu falo sobre isso (clique aqui no link para ler).

E foi justamente esses dias pensando sobre isso que fiz um texto no Facebook para virar o ano e usei uma foto uma foto que fiz em Corumbá no início da expedição e com ela e o link para o texto que publiquei vou fechar esse post. Esse texto tem um bocado de vocês aí. Confesso que já tive experiências bastantes negativas em expedições de grande porte, mas essa foi totalmente positiva, tanto que não vejo a hora de nos reunirmos novamente, quem sabe no Amolar de novo.

Segue o link do texto pra quem não leu -> -> Pra que serve um amigo? 

💝💃💝 (by Silvia Faustino Linhares)



23 comentários:

  1. Viagem que vai ficar para sempre na minha memória, seja pela natureza e belezas do lugar, sejam pelas amizades que fiz durante a expedição... Gente do bem, vibrando em uma só sintonia... Isso não tem preço!!

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    1. Obrigada Marcelo Calazans, foi realmente muito marcante. Eu só posso te agradecer por tudo que fez por mim durante a viagem.

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  2. Um relato preciso de uma viagem inesquecível, onde cada participante compartilhou imagens, formas e cores únicas. Onde o coletivo mostrou a sua força. Onde a natureza nos mostrou o quanto somos pequenos e precisamos evoluir. Não encontro palavras para agradecer a você Silvia e a todos os participantes, mas tenho o sentimento de gratidão e de dever cumprido!

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    1. Obrigada querido Thomaz. Espero poder voltar e me encantar ainda um pouco mais.

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  3. Adorei a viagem, mas a sua narrativa está espetacular!!! Nos faz vivenciar cada etapa e nos da mta alegria. Acredito q quem ainda não foi pode imaginar mto bem a maravilha q é. E quem participou está se deliciando com as lembranças. Obrigado Silvia!!! Foi mto bom conhecê-la!! Bjs

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    1. Agradeço de coração, minha querida, também gostei muito de conhecer você. Fico feliz que o mesmo sentimento que me faz escrever minhas memórias seja repassado e apreciado pelas pessoas.

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  4. Muito legal, Silvia! Relatou com precisão, riqueza de detalhes e informações, e muita emoção o dia-a-dia essa viagem inesquecível! Adorei! E que sirva para encantar e fazer as pessoas preservarem esse lugar.
    Beijos!

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  5. uauuu !! que memoria prodigiosa !! riqueza de detalhes !! quase q da pra se teletransportar para la novamente !! viagem inesquecível, pessoas incríveis !! natureza dando o seu show, minha 1a viagem ao Pantanal, Serra do Amolar !

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    1. Obrigada Lillian, foi muito bom partilhar essa viagem com todos vocês. Vamos precisar marcar outras. Beijos no coração

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  6. Siprin arrassou!!!! A narrativa esta linda! E as fotos nem há o que dizer!!! Parabéns querida pelo titulo!!! Você merece por tudo!!!! Foi lindo rever tudo isso pois logo depois estive la e posso concordar com você em tudo! Um privilegio para aqueles que se aventuram por esse mundão de Deus!!! Beijokas!

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    1. Obrigadão Leiloca, você é uma super querida, pena que não fomos juntas, eu teria adorado... a gente ia se divertir muito. Um grande beijo no seu coração.

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  7. Uau, revivi cada momento com muita emoção! Silvia, você conseguiu expressar bem toda a nossa aventura. Fiquei com tanta saudades desses dias maravilhosos! Cada dia uma emoção! Uma viagem para não ser esquecida e guardada em nossos corações. Parabéns!

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    1. Susana querida, foi maravilhoso contar com sua companhia e do Wagner. Esse ano temos que repetir. Obrigada por tudo. Você é uma querida.

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  8. Wow! Viajei de volta no tempo! A gente relembra cada momento e dá aquela saudade. Parabéns Silvia, muito bem escrito e ilustado.

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  9. Você me proporcionou um retorno saudoso com seu relato mesclado com imagens fantásticas. Que oportunidade de ter podido estar com todos neste pedaço de paraíso. Parabéns Silvia pelo talento não só como fotógrafa mas também como escritora. Beijos

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    1. Obrigada, Chris, foi uma viagem inesquecível. Ficar registrada assim, sempre vai poder nos ajudar em nossas memórias, mesmo quando as lembranças começarem a escassearem.

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  10. Ficou sensacional teu relato do Lord ao Amolar, querida amiga!!! Uma lembrança maravilhosa de momentos emocionantes que manteremos vivos para sempre em nossos corações ...Parabéns!!! Cada vez escrevendo melhor!!!

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  11. OLá Silvia! Como bióloga, conheço e admiro seu trabalho, por isso, vim aqui pedir uma correção. A Nova Dourados é na verdade uma reserva privada, a RPPN Engenheiro Eliezer Batista. Faz parte de um conjunto de áreas protegidas, chamado de Rede de Proteção e Conservação da Serra do Amolar. É um projeto que existe há 10 anos, sob gestão do Instituto Homem Pantaneiro, com o objetivo de aumentar a proteção da biodiversidade do Pantanal, conectados com o Parque Nacional do Pantanal Matogrossense. Te convido a conhecer nosso projeto no link: http://www.institutohomempantaneiro.org.br/rpcsa
    Nós cuidamos do Pantanal e temos prazer em abrir as trilhas para expedições como do grupo do Barco Lord, nossos parceiros. Mas confesso que seria melhor ainda se tivéssemos o reconhecimento deste trabalho. Um abraço!

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    1. Oi Letícia, só hoje vi seu comentário, vou fazer as devidas correções. Obrigada pelos esclarecimentos.

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  12. Amiga.
    Linda fotos, me senti no lugar.
    Uma abordagem linda, romântica, mostrando toda beleza e ternura do lugar.
    Gente que ama a natureza e faz dela sua vida.
    Amigos queridos juntos, que energia boa.

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